Coronavírus: a vida de quem é do grupo de risco e porque a obesidade pode desenvolver a forma grave de infecção

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Não é raridade ter alguma doença ou fator que o coloca no grupo de risco para o novo coronavírus (Sars-CoV-2). Um estudo da Universidade Federal de São Paulo sugere que metade dos brasileiros estaria nessa situação de uma forma ou de outra. Mas como é conviver com esse carimbo? O medo toma conta? A vida muda muito?

Diretora das ONGs Crônicos do Dia a Dia (CDD) e Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), Bruna Rocha revelou sua própria história para mostrar o impacto de ser encaixado no grupo de risco. Ela tem esclerose múltipla e, por causa do tratamento, seu sistema imunológico pode ficar mais suscetível a infecções como a do coronavírus. Além disso, Bruna vive com pessoas acima de 60 anos e seu marido, que foi diagnosticado com a mesma doença.

O ser humano tende a pensar no grupo de risco como “o outro” para se se sentir mais seguro. E discute como podemos abordar esse tema sem menosprezarmos as pessoas que integram o grupo de risco.

Entende porque a obesidade é fator de riscos para quadros graves

No Brasil, mais da metade da população tem sobrepeso e a obesidade atinge um a cada cinco brasileiros, de acordo com dados da pesquisa publicada em 2019 da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico). A obesidade é considerada um fator de risco para diversas doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares e complicações pulmonares — características que também determinam se um paciente terá maior risco de desenvolver um quadro grave de covid-19.

“Qualquer comorbidade quer dizer situação clínica que altera a normalidade da pessoa e pode interferir e causar uma doença mais grave. A obesidade, hipertensão, diabetes ou qualquer doença que baixe a imunidade pode ser fator de risco para desenvolver forma grave, não só da covid-19, mas de qualquer outra pneumonia, qualquer outra infecção respiratória desse tipo”, explica o infectologista Fernando Maia, professor da Ufal (Universidade Federal de Alagoas). Roberto Zagury, endocrinologista do Hospital Federal da Lagoa também aponta que, se uma pessoa obesa tem a doença causada pelo novo coronavírus, seu corpo passa a lutar contra dois quadros diferentes. “A obesidade é um processo crônico de baixo grau inflamatório e a covid-19 também causa processos inflamatórios. Ou seja, a gravidade pode ser maior para esse paciente.” A obesidade também pode prejudicar a capacidade respiratória, que é fortemente afetada em pacientes com a doença causada pelo novo coronavírus. “Quando se expande, o pulmão se esforça muito para empurrar o peso do tórax de uma pessoa obesa, causando fadiga da musculatura respiratória. No mesmo sentido, o diafragma também precisa fazer uma força muito maior para vencer a pressão intra-abdominal”, esclarece Zagury.

Controle de peso é necessário para a saúde O endocrinologista aponta que, além de respeitarem as orientações de isolamento e higiene para evitar o vírus, as pessoas devem continuar se alimentando de forma saudável e se possível, praticando exercícios dentro de casa. “Ajuda a fortalecer a imunidade e a manter diversas doenças longe. Se você é obeso, também pode começar hoje. Minha recomendação é que você procure a orientação de profissionais que estão atendendo online”, indica.

 

*Com informações de Uol Viva Bem

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