O uso de máscara é obrigatório em Pirenópolis. Veja como convencer moradores e turistas que não aceitam usar máscara a mudar de ideia

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Pode ser um irmão ou amigo. Pode ser um vizinho. Pode ser uma pessoa com quem você trabalha. Pode ser pessoas que você encontra pela rua, no caso em Pirenópolis, pode ser turistas que não tem respeito e empatia. Provavelmente, todos nós conhecemos alguém que não usa máscara em público, embora seja obrigatório em várias partes do Brasil e do mundo. A partir desta semana a fiscalização nesse sentido será intensificada como disse a Prefeitura e o não uso da máscara implicará numa multa de R$100.

A mídia é rápida em destacar as pessoas que acham que têm o direito de não usar máscaras. Muitas pessoas tornam-se violentas ao expressar sua objeção. Mas, outros podem ser persuadidos, com a abordagem certa.

Então, como saber se vale a pena tentar convencer alguém a usar uma máscara? E qual é a melhor maneira de falar com eles?

Gritando “coloque máscara!” não vai funcionar

As pessoas variam na forma como percebem e toleram o risco, e como são física e psicologicamente vulneráveis. Portanto, podemos precisar negociar comportamentos aceitos, assim como fizemos com o HIV – onde foi preciso convencer a usar camisinha. Muitas dessas conversas podem ser difíceis.

Também precisamos cuidar para que nossas próprias emoções não destruam a mensagem que queremos transmitir. Por exemplo, quando ficamos com raiva, ansiosos, indignados ou com medo, a pessoa com quem estamos tentando nos comunicar pode não ouvir a mensagem que pretendíamos passar.

Podemos querer transmitir: “Quero que você use uma máscara quando pegar o trem para ver nosso pai”. Mas, em vez disso, a outra pessoa ouve a mensagem: “Acho que você está se comportando mal e estou com raiva de você”.

Ironicamente, a pandemia torna esse tipo de falha de comunicação mais provável. Quando estamos estressados ou emotivos, temos maior probabilidade de ativar os mecanismos de “lutar, fugir, congelar” do nosso corpo. Isso afeta como nos comunicamos e como nossa mensagem é recebida.

Se recusar usar uma máscara significa manter um senso de controle ou está conectado a um senso de identidade – dizer para essas pessoas colocarem uma máscara, pode deixá-las na defensiva.

Ficar na defensiva torna as pessoas não apenas menos dispostas a ouvir, mas menos capazes de assimilar informações e/ou avaliá-las com precisão.

Como resultado, criticar os pontos de vista de alguém – por exemplo, que usar uma máscara não funciona – pode levá-lo a “desligar” o que você está dizendo e a se apegar mais firmemente às suas crenças.

Então, o que funciona?

Para se comunicar bem, precisamos nos preparar. Os autores do livro “Crucial Conversations” recomendam que se pergunte o que você deseja alcançar como resultado e o que deseja para a convivência entre duas pessoas.

O objetivo é manter o relacionamento respeitoso e as linhas de comunicação abertas, para que as negociações possam continuar conforme novas circunstâncias pandêmicas surjam.

Você não mudará completamente crenças e ações de alguém

Um objetivo melhor é negociar uma mudança de comportamento que minimize os danos. Pode ser: “Faça o que quiser em outras ocasiões, é claro, mas podemos concordar que, por enquanto, você usa uma máscara quando visitar nosso pai?”

Respeito, empatia, apelo aos valores

Identificar e respeitar os valores de outra pessoa e encontrar valores em comum reduz a atitude defensiva e fornece bases para negociação.

Por exemplo: “Posso ver como é importante para você ser cético, e concordo totalmente, especialmente porque as evidências mudam com tanta frequência. Mas, como as evidências definitivamente mostram que mesmo algumas pessoas jovens e saudáveis podem ficar gravemente doentes, eu poderia pedir para você usar uma máscara na nossa viagem?”.

Perguntar a alguém por que não está usando uma máscara, em vez de dizer para usar uma, é outra ferramenta útil. Esta é uma chance de alguém ser ouvido, o que diminui qualquer atitude defensiva.

Existem muitas razões pelas quais as pessoas não usam máscaras. E ouvir alguém explicar pode ser uma oportunidade para resolver problemas (especialmente se perguntarmos como podemos ajudar e evitar dar conselhos).

A compaixão ou empatia nos permite apoiar a posição de outra pessoa enquanto mantemos a nossa com mais força.

A empatia também pode ajudar a preservar o relacionamento, ao mesmo tempo que insiste em um limite, como: “Nosso relacionamento é tão importante, eu realmente quero ver você e odeio dizer isso, mas não posso aceitar que você me visite sem máscara, pelo menos até que haja menos casos”.

Abordagem sem julgamentos pode conquistar pessoas

As evidências mostram que alguns grupos de homens – mais jovens, homens mais politicamente conservadores, homens com menor nível de conhecimento em saúde e homens que endossam noções mais tradicionais de masculinidade, em “ser macho” – estão entre os mais propensos a resistir ao uso de máscara.

A comunicação sem julgamentos é tão eficaz com os homens quanto com qualquer outra pessoa. Quando a professora de Harvard Julia Marcus escreveu sobre os “anti-máscaras” do sexo masculino sem vergonha ou julgamento, muitos homens a contataram, dispostos a ouvir suas opiniões sobre as máscaras.

Em poucas palavras

Se não fizermos julgamentos, tivermos empatia e formos claros no que queremos alcançar, podemos nos elevar acima de reações contraproducentes, como dar uma bronca em alguém ou ignorar as preocupações de alguém.

Isso nos permite sermos corajosos o suficiente para adaptar nossa comunicação ao que a outra pessoa é capaz de ouvir e tornar seguro para a outra pessoa falar. É quando nossa comunicação realmente funciona.

Com informações retiradas do artigo de Claire Hooker, conferencista e coordenadora de Humanidades Médicas e de Saúde da Universidade de Sydney.

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