Atleta pirenopolina, Raíza Goulão, garante vaga nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Veja bate-papo com nossa atleta:

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Fotos: Raiza Goulão – Taça Brasil XCO – Epic Fotos

A Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) anunciou na última terça-feira (05), quem irá representar o Brasil nas provas de Mountain Bike Cross-Country Olímpico (XCO) nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Com base na pontuação do ranking olímpico nacional, Raiza Goulão (Squadra Oggi) e Ulan Galinski foram convocados para competir nas trilhas francesas.

Raiza Goulão, que já havia representado o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, conquistou sua vaga com 2068 pontos, superando a segunda colocada, Karen Olimpio, por cerca de 200 pontos. Ulan Galinski, atualmente o 30º colocado no ranking da União Ciclística Internacional (UCI), também estará presente, representando o país em sua estreia olímpica.

Raiza Goulão - Taça Brasil XCO - Felipe Almeida - Divulgação

A trajetória de Raiza é marcada por dedicação e superação e, nos últimos dois anos, o foco da atleta foram os pontos necessários e garantir sua participação em Paris 2024. Sua experiência anterior nos Jogos, quando completou a prova na 20ª colocação, será um trunfo para enfrentar os desafios das trilhas francesas. Ulan Galinski, por sua vez, é um talento em ascensão no cenário do mountain bike brasileiro.  Além dela, o baiano Ulan Galinski. A dupla, garra e força no pedal para lutar pelas melhores colocações na França e representar bem o país. Será a segunda participação de Raiza, que competiu na Rio/2016, e a estreia de Ulan.

Campeonato Brasileiro de Mountain Bike, aconteceu  em Mairiporã, São Paulo. Raiza Goulão disse que está muito feliz de representar o Brasil pela segunda vez nos Jogos Olímpicos.  Ela tem 33 anos e seu sonho era ser jogadora de basquete, mas a sensação de liberdade e contato com a natureza proporcionados pelos pedais falaram mais alto. Pirenópolis, foi só o começo de sua jornada, quando largou na categoria amador do GP goiano de MTB e conquistou a terceira colocação. “Dali em diante, virou uma paixão, um vício saudável”, confessa Raiza. Felizmente, os pedais a levaram muito além do que poderia imaginar e, entre tantas vitórias, realizou um de seus objetivos mais ousados: classificar-se para as Olimpíadas de Paris. A vaga para representar o Brasil no Mountain Bike Cross Country foi confirmada esta semana, pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC). As competições da modalidade estão marcadas para acontecer nos dias 28 e 29 de julho.

Confira abaixo um bate papo rápido com a atleta.

Não dá pra fugir do óbvio: qual a sensação de confirmar a vaga para Paris-2024?

Raiza – Conquistar mais uma vaga para participar das Olimpíadas, a segunda da minha carreira, é extremamente gratificante. Confesso que esses últimos meses foram uma verdadeira montanha-russa. Em 2023, consegui fazer um trabalho excepcional para garantir os pontos necessários. Foi a minha estratégia e, com isso, comecei 2024 com mais tranquilidade, sem tanta pressão em relação aos pontos para a vaga. No entanto, 2024 tem sido um ano cheio de surpresas e desafios. Acredito que há muito mais por trás das fotos e dos vídeos das provas que ocorreram neste ano. Foi bem desafiador, mas isso também tornou a conquista da convocação ainda mais saborosa.

Você já esteve nos Jogos Olímpicos uma vez. Qual a diferença para agora?

Raiza – Agora, na minha segunda Olimpíada, acredito que sou uma atleta mais experiente e madura. Vou com muito mais garra para conseguir um resultado muito mais expressivo. Já tive a oportunidade de conhecer parcialmente o percurso e analisar como será a prova. Mas sei que algumas mudanças ocorreram. Então, no período em que estiver em Paris, vou me adaptar a essas novas condições e novos saltos. Estou muito feliz e sinto que essa montanha-russa agora vai dar uma apaziguada na reta final. Dedicação total.

Como estão sendo seus últimos dias de preparação?
Raiza – 
Recentemente, tirei duas semanas de férias dos treinos, literalmente dando tempo para meu corpo e minha mente descansarem totalmente, sem preocupações com peso, espelho ou performance. Para mim, esse é o único momento para me reconectar e recarregar. Na próxima semana, já começarei com tudo em busca de melhorar minha performance, rumo ao grande objetivo traçado há três anos: Paris 2024.

As provas do Cross-Country Olímpico acontecerão em Elancourt, Yvelines, a 44 km da capital francesa. A disputa vai acontecer em um percurso especialmente criado para evitar impactos ambientais, em um antigo aterro sanitário que foi transformado em área de lazer. Na França, as mulheres mais rápidas do planeta vão se enfrentar no dia 28 de julho, com a prova masculina acontecendo no dia seguinte.

Bastante focada e com disciplina de sobra em sua rotina de treinamentos, ela acredita que deve melhorar sua performance em solo francês. “Estou fazendo uma preparação muito mais direcionada. Não gosto de falar em números, mas quero entregar algo bem maior que no Rio 2016, algo expressivo para a nossa nação”, promete.

Raiza Goulão - Taça Brasil XCO - Felipe Almeida - Divulgação 2A atleta, além de competir no Brasil e exterior, comanda um projeto social para descobrir novos talentos no esporte (Foto: Divulgação)

Títulos nacionais e internacionais

Mesmo não tendo ainda chegado ao pódio olímpico, a integrante da equipe Squadra Oggi coleciona premiações nacionais e internacionais em sua trajetória. Foi bicampeã panamericana sub-23 em 2012 e 2013; obteve a medalha de prata nos Jogos Sul-Americanos de 2014, em Santiago (Chile), na categoria adulto; e foi campeã panamericana de MTB em Pereira (Colômbia), em 2018.

Além desses importantes títulos, vale mencionar os primeiros lugares na Copa Internacional (Chile), na Taça Brasil de Mairiporã e Goiânia, na Taça Brasil XCO Amparo, entre outras diversas conquistas.

Como ocorre com todo atleta de alta performance, há um alto custo envolvido em treinamentos, materiais e viagens. Raiza conta com patrocínio de empresas privadas e já recebeu auxílio do Governo de Goiás de R$ 750 por meio do programa Pró-Atleta. “Querendo ou não, ser um atleta em condições de buscar uma vaga olímpica exige um investimento muito alto. Então, é bem complicado se manter”, admite.

Projeto social

Além de seguir firme em suas metas como esportista, a ciclista ainda desenvolve o projeto “Raiza Goulão”, que incentiva atletas de base do ciclismo e busca descobrir novos talentos no esporte. “Essa iniciativa acontece há vários anos e já temos casos de sucesso. É muito mais sobre o que eu posso mostrar para eles, não somente a minha vida na bike, mas como pessoa. É um legado, uma semente que eu planto”, conclui. Fontes: Pra quem pedal e Jornal Opção Entorno.

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