Ex-prefeito João do Léo novamente é alvo de investigação da Polícia Civil

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O ex-prefeito de Pirenópolis João Batista Cabral, o João do Léo, é novamente alvo de uma investigação da Polícia Civil de Goiás. A PC-GO, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP), deflagrou na última quinta-feira ( 0&), a Operação Resquício, com o fim de cumprir 02 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Judiciário em face de ex-prefeito de Pirenópolis.

As investigações apontam sérios indícios de participação do ex-chefe do Executivo do município em um esquema criminoso que vem sendo apurado desde 2019, envolvendo fraudes em procedimentos licitatórios para contratação de empresa responsável pela limpeza urbana.

Sobre esse assunto, já houve uma investigação e na época servidores públicos, secretários e empresários foram indiciados. Agora, novamente foi instaurado uma nova investigação que passa a ter como único alvo o ex-prefeito.

O que disse João do Léo na época

No dia 08 de fevereiro de 2019, o jornal Pirenópolis Online postou a matéria intitulada “PC confirma desvio de R$ 200 mil e João do Léo reafirma que não sabia de nada e exonerou os envolvidos”. Nela, a PC denunciava o escândalo acusava que os envolvidos e a Prefeitura de Pirenópolis de vários crimes como peculato, fraude em licitação, falsidade ideológica e associação criminosa. Nove pessoas foram detidas sobre o processo licitatório e desvio de dinheiro em Pirenópolis. Estavam envolvidos o secretários de Administração e Infraestrutura da cidade, assessores jurídicos e especiais e proprietários da empresa Soma. O desvio foi mais de R$ 200 mil.

Em troca pelos “favores políticos” a empresa Soma contratava parentes e aliados que eram pagos com dinheiro publico. Com a permissão de secretários, empresários adulteravam as quantidades de varrições e valores de locações para superfaturar os serviços. A empresa funcionava como braço administrativo da prefeitura que ficava com o dinheiro desviado e retribuía como favores políticos, que iam desde a contratação de aliados até a realização de serviços em locais particulares.

Neste referido dia desta deflagração, o ex-prefeito João do Léo concedeu uma entrevista e reafirmou que não sabia de nada. Ele disse: “Acordei sem chão, fui pego de surpresa como todos os pirenopolinos. Não participo das licitações por isso o meu espanto, mas medidas necessárias estão sendo tomadas. A respectivas exonerações estão fixadas no mural da prefeitura e iremos fazer a reposição dos servidores. A polícia está tomando medidas cabíveis e continuaremos dando sequência ao trabalho. Faremos um levantamento interno e daremos uma resposta em breve com mais detalhes para a comunidade”, frisou o prefeito na época.

O que a Polícia Civil conseguiu apurar até o momento

Conforme o delegado Clébio Januário, o inquérito policial foi instaurado para investigar a participação do ex-prefeito. “Na quinta concluímos os mandatos de busca e apreensão para posteriormente, nos próximos dias, concluirmos o inquérito e apurar a efetiva participação do João do Léo nestas fraudes de licitação que ocorreram em 2019. O esquema funcionava da seguinte forma: as fraudes nas licitações para contratação de empresas responsáveis pela limpeza urbana desviam os recursos públicos pelo pagamento dos serviços que não eram realizados e também pela contratação de empregados a pedidos de políticos na época. O inquérito policial já está em fase de conclusão. Com as investigações identificaremos qual era a participação do ex-prefeito nessas fraudes.

Até o fechamento desta matéria não conseguimos contato com a defesa de João Batista Cabral e nenhuma resposta do mesmo.

 

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