Domingo de Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa. A data comemora a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo e é realizada em Pirenópolis em diversas cidades do País. Fiéis recorrem ao Espírito Santo com pedidos e promessas, em busca dos mesmos milagres solicitados aos santos da igreja católica.
O Divino Espírito Santo não é santo nem padroeiro, mas uma divindade para agradecer e festejar. É uma força representada pela pomba branca, pelas bandeiras coloridas e pelo mastro, que anuncia um novo tempo por meio da propagação de sete dons: fortaleza, sabedoria, ciência, conselho, entendimento, piedade e temor a Deus. A Festa do Divino é baseada principalmente nas relações de parentesco e vizinhança, que se organizam em mutirões para arrecadar fundos para a própria comunidade.
A Festa
Embora seja marcada pelo viés religioso, com procissões, novenas e missas, a celebração do Divino Espírito Santo revela um forte caráter folclórico, com suas tradições e ampla participação popular. As Festas mais importantes do país acontecem em Pirenópolis (GO), Alcântara (MA), Mogi das Cruzes e São Luiz do Paraitinga (SP), Diamantina (MG), São Lourenço do Sul (RS). Cada cidade que a realiza acrescenta sua cultura na comemoração. Alguns elementos marcantes dos festejos são:
Imperador ou Festeiro – pessoa escolhida para organizar, estruturar e divulgar a festa.
As alvoradas e passeatas – cortejos pela cidade e visitas às casas; fogos de artifício pela manhã.
Folia do Divino– grupo de devotos que, em cantoria, passam nas casas dos habitantes recolhendo oferendas e todo tipo de ajuda para a realização da Festa do Divino.
A entrada dos palmitos – enorme cortejo que representa a chegada dos habitantes da zona rural ao centro da cidade para participar da Festa do Divino.
Quermesse – barracas com comidas e bebidas típicas e apresentações de grupos folclóricos e musicais.
Levantamento de mastro – cerimônia em que um grupo de homens levanta um tronco de árvore, simbolizando a força masculina.
Grupos de marujada, congada e moçambique– danças e cantorias folclóricas vindas da cultura afro-brasileira.
Cavalhadas – encenação de batalhas medievais entre mouros e cristãos.
Mascarados– personagens típicos das cavalhadas, saem pelas ruas a pé ou a cavalo. Conta-se que, antigamente, os mascarados eram escravos que participavam da festa e saíam com máscaras para não serem reconhecidos.
Origem
A celebração do Divino Espírito Santo remonta à Antiguidade, quando os israelitas já cultuavam a divindade durante a Pentecostes. Está ligada à época do fim das colheitas e à distribuição de alimentos. A adoração do Divino estendeu-se até a Europa, durante a Idade Média, até que na Alemanha encontrou boa recepção, transformando-se em festa. O objetivo era arrecadar fundos para amparar os necessitados da época.
A comemoração alcançou Portugal e foi instituída pela Rainha Isabel. Esposa do Rei D. Diniz (1279 – 1325) e canonizada como Santa Isabel de Portugal, ela foi a responsável pela construção da Igreja do Espírito Santo, em Alenquer. Por volta do século XVII, época da colonização, a celebração chegou ao Brasil, com o seguinte ritual festivo, representado como uma profecia uma pessoa – adulto ou criança – era escolhida como Imperador do Divino. Abençoado com o poder do Espírito Santo, o Imperador se tornava puro como uma criança, distribuindo alimentos e soltando presos políticos, trazendo a fartura e o perdão ao mundo.
A Festa do Divino era tão popular no país em 1822 que José Bonifácio, ao escolher o título para D. Pedro I, deu preferência a “Imperador do Brasil” ao invés de “Rei”, inspirado na forte popularidade do Imperador do Divino. Parceiro;
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