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Pesquisa divulgada no último sábado (09), aponta Goiás com pior índice de isolamento social do país

Foto: Lúcia Costta Fotografia

Goiás caiu para o último lugar no ranking de isolamento social — Foto: Reprodução/Inloco

Goiás caiu para o último lugar no ranking de isolamento social — Foto: Reprodução/Inloco

Goiás chegou ao último lugar no país num ranking que mede o isolamento social, conforme a empresa In Loco, que usa como base dados de localização dos celulares. No último sábado (9), o estado registrou o menor índice entre todos os estados brasileiros, com 37,44% de pessoas dentro de casa, ocupando a lanterna do ranking (veja o ranking completo ao final do texto).

O estado já esteve entre os líderes de isolamento social. Em 22 de março, o mesmo levantamento registrou 62,2% de celulares parados no estado, ou seja, a população se movimentava com menos frequência. Essa porcentagem de pessoas paradas em um único lugar começou a cair a partir de 26 março, numa queda desenfreada.

A partir da segunda quinzena de abril, houve uma redução ainda mais do isolamento, após Goiás começar a flexibilizar as medidas de contenção do coronavírus. Prefeituras liberaram a reabertura de muitos segmentos comerciais. Os casos confirmados de mortes pelo novo vírus, então, começaram a subir, e os casos de pessoas infectadas também.

Em Goiás a Covid-19 já infectou 1.093 pessoas e causou 47 mortes, conforme o boletim divulgado ontem, domingo (10).

Mais rigor no isolamento

O isolamento social tem sido uma das medidas mais usadas pelo governo estadual e prefeituras para conter o avanço do coronavírus entre a população. O raciocínio é que quanto mais as pessoas ficam em casa, menores são as chances de o vírus se espalhar pelas ruas.

Em 24 de abril, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), admitiu o pensamento em endurecer o isolamento social e fechar todo comércio não essencial novamente. “O que estamos assistindo agora é um prefeito disputando com o outro quem libera mais [o comércio]. Eu quero pedir a compreensão de todos nesse momento. Não brinquem. Nós podemos jogar por terra um trabalho de 40 dias”, disse Caiado.

Pesquisa

A In Loco afirma que a coleta de dados só é feita com a permissão dos usuários dos aplicativos. Além disso, diz não repassar informações como nome, RG ou CPF. Em Goiás, foram analisados os dados de 2 milhões de celulares.

A empresa informa ainda que usa também medidas geométricas, chamadas de polígonos, estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para medir a localização dos celulares da população.

Ranking

  • Ceará – 50,76%
  • Amapá – 50,71%
  • Pará – 49,15%
  • Amazonas – 48,53%
  • Acre – 48,11%
  • Maranhão – 47,63%
  • Rio de Janeiro – 46,47%
  • Pernambuco – 45,20%
  • São Paulo – 43,47%
  • Rondônia – 43,22%
  • Alagoas – 43,15%
  • Distrito Federal – 42,49%
  • Bahia – 42,43%
  • Piauí – 42,26%
  • Rio Grande do Sul – 42,00%
  • Sergipe – 41,90%
  • Espírito Santo – 41,70%
  • Paraíba – 41,67%
  • Roraima – 41,21%
  • Santa Catarina – 40,03%
  • Minas Gerais – 40,00%
  • Paraná – 39,65%
  • Rio Grande do Norte – 39,57%
  • Tocantins – 38,77%
  • Mato Grosso do Sul – 38,69%
  • Mato Grosso – 38,03%
  • Goiás – 37,44%

Fontes: In Loco e G1GO

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