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Moradores denunciam grande desmatamento dentro de um sítio arqueológico, bem próximo ao Rio das Almas, onde será construído mega empreendimento

Moradores estão revoltados com um vídeo que circula desde ontem(25), mostrando uma máquina amarela trituradora de árvores inteiras, devastando uma área bem próxima ao Rio das Almas, onde será construído um mega empreendimento que irá se chamar Condomínio Marcujá.

Questionado pela reportagem do jornal Pirenópolis Online, o secretário de meio Ambiente e Urbanismo, César Triers, enviou a seguinte nota:(Leia abaixo)

Entende o caso:

Numa reportagem veiculada no Jornal Opção, a área de 160 mil metros quadrados, situada entre o Córrego Maracujá e o Rio das Almas, foi “doada” para prefeitura por Maria Elias de Almeida (Dona Mariinha – proprietária), para a criação de um Parque Municipal pelo empreendimento Aldeia dos Pireneus. Ela tem 88 anos e esteve acompanhada do filho Guilherme Pinheiro, proprietário da Aldeia dos Pirineus para “oficializar a doação”. Veja foto abaixo:

Segundo relato do guia turístico e ambientalista Cristiano Costa, Guilherme é um dos sócios da Aldeia do Vale e planeja construir um condomínio no local.

“Ela doou a parte da beira do rio, as APPs (Área de Preservação Permanente) e onde estão os sítios arqueológicos. O condomínio foi avisado que estava cometendo uma ação irregular ao invadir uma área prevista para o Parque Linear Rio das Almas. O Plano Diretor prevê a área para a criação do Parque”, explica Cristiano.

As APPs (Área de Preservação Permanente) do Estado de Goiás devem ser protegidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Em resposta, a Semad disse que a área está sob administração da Prefeitura Municipal de Pirenópolis e que o “município poderá editar leis locais para fixar as APPs em faixas marginas distintas das metragens impostas pelo novo Código Florestal” (veja nota no final).

“Este espaço, que será preservado e acessível para pedestres fica na região da Passagem Funda, promete se tornar um novo ponto de encontro para atividades ao ar livre e contato direto com a natureza”, explica a Prefeitura de Pirenópolis.

Guilherme Pinheiro de Lima, engenheiro civil e sócio administrador do Empreendimento Aldeia dos Pireneus, afirmou que a doação do Parque não tem relação com o Plano Diretor e que foi estabelecida no licenciamento ambiental como forma de compensação.

“No processo de licenciamento ambiental, houve um acordo entre a prefeitura e os empreendedores, envolvendo a doação de uma área para implantação de um parque municipal. Essa doação foi feita durante a reunião entre a prefeitura e os empreendedores, como parte do processo de licenciamento”, pontuou o engenheiro. Assim, a criação do parque municipal foi uma condição estabelecida para a aprovação do licenciamento ambiental. Em um vídeo encaminhado ao Jornal Opção, é possível ver patrolas sobre a área de preservação. Veja abaixo.

Segundo Guilherme, a estruturação do parque será feita pela prefeitura. A Prefeitura de Pirenópolis foi questionada sobre o que será construído exatamente pelo condomínio em área de proteção. Veja a resposta abaixo.

“A área doada é uma área de APP, é uma mata de galeria onde passa o córrego maracujá. De qualquer maneira, tem que ser preservada e ela nunca ia conseguir construir nada lá. Sendo assim, ela faz a jogada para construir do lado de cá do rio, onde é a área prevista para a criação do Parque e Rio das Almas”, afirma Cristiano Costa. Segundo ele, na lei orgânica tem um artigo que proíbe o desmatamento num raio de 6km a partir das igreja matriz. Confira a área abaixo.

Área doada para a Prefeitura de Pirenópolis. | Foto: Arquivo

Como é um sítio arqueológico, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Goiás também é responsável pela preservação do patrimônio ambiental. Procurado, o Instituto ainda não se posicionou. O espaço segue aberto. Com informações de Jornal Oção.

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