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Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado divulgou ontem(18) que a destruição do bioma aumentou 28% no 1° semestre deste ano

O desmatamento no Cerrado destruiu 491 mil hectares no primeiro semestre deste ano, uma alta de 28% em relação aos primeiros seis meses de 2022, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado (SAD Cerrado), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e divulgados ontem(18).

Segundo os dados do SAD Cerrado, o aumento do desmatamento no bioma aconteceu principalmente dentro de áreas privadas. Grandes propriedades concentram 48% da destruição de florestas no primeiro semestre dentro de terras particulares, cerca de 193 mil hectares foram derrubados.

Apenas no mês de junho foram destruídos 126 mil hectares de vegetação nativa do Cerrado, um aumento de 20,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Os estados que compõem o Matopiba – fronteira agrícola no bioma – concentram 74,7% de toda área desmatada no bioma, aproximadamente 367 mil hectares.

O Matopiba é uma região composta pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, onde ocorre a expansão da fronteira agrícola com a produção principalmente de grãos a partir da década de 1980.

O município de São Desidério, na Bahia, lidera o desmatamento no primeiro semestre de 2023. Na região, 30 propriedades privadas foram responsáveis pelo desmatamento de 18,2 mil hectares.

Mirador, município do Maranhão, apresentou um aumento expressivo no índice de desmatamento em junho. De janeiro a maio deste ano a cidade registrou a destruição de 3,5 mil hectares, somente no mês de junho esse número teve um salto para 6 mil hectares perdidos, uma alta de 188,5% em apenas 30 dias.

Além de São Desidério (BA), os municípios de Balsas (MA) e Correntina (BA) lideram o ranking dos três maiores desmatadores do Cerrado, as cidades juntas destruíram 51,5 mil hectares de reserva nativa no primeiro semestre de 2023.

O SAD Cerrado faz o monitoramento do desmatamento do bioma por meio de imagens de satélites do sensor Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia. Fonte: Metrópoles

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