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STRAAF alerta a população quanto aos perigos do lixo acumulado no meio rural e na beira das estradas de acesso ao município

Com base em um estudos feitos recentemente e o descarte impróprio de lixo, acumulando a cada dia no meio rural e nas estradas que circulam Pirenópolis, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Pirenópolis (STRAAF) alerta quanto aos perigos. “Está excessivo a quantidade de lixo descartado no meio rural e na beira das estradas de acesso aos povoados, fazendas e pousadas mais afastadas e isso é muito preocupante”, desabafou Fernanda Pina Pereira, presidente do STRAAF.

Para ela, baseado nesse estudo recente, a população mundial aumentou de 2,5 bilhões de indivíduos para 6,2 bilhões, com uma taxa de crescimento de 1,13% ao ano. “Com o aumento populacional a nível global e principalmente em Pirenópolis com a exploração do do turismo, vêm gerando alguns problemas bem graves. Como aumento do consumo; este, juntamente com o desenvolvimento econômico, têm ocasionado o aumento da exploração dos recursos naturais e a geração de resíduos provenientes do descarte pós-consumo destes resíduos. Esta situação se agrava devido à ausência de gerenciamento adequado de tais resíduos, causando sérios danos ambientais e uma preocupação imensa”, revelou.

Lixo

A história do lixo pertence à própria história da civilização humana, pois o homem é o único ser vivo que não consegue ter seus dejetos inteiramente reciclados pela natureza. Consideram-se Resíduos Sólidos, tudo que é descartado no estado sólido e semi-sólido resultantes das atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, de serviços, de varrição ou agrícola. “O descarte do lixo orgânico também é uma grande preocupação, pois os coletores da prefeitura designados para esse trabalho sofrem bastante com os materiais e decomposição”, salientou Fernanda.

Com base nos dados do IBGE, a população brasileira supera 187 milhões de habitantes e gera 1,1 kg de resíduos sólidos por pessoa por dia, totalizando 61,5 milhões de toneladas por ano. Destes resíduos, apenas 39% são destinados de forma adequada para aterros controlados e usinas de reciclagem. No Brasil, a geração de RS é um dos
graves problemas enfrentados pelo poder público, principalmente a nível municipal, pois
os municípios se defrontam com a escassez de recursos financeiros para investir na coleta, no processamento e disposição final dos RS onde certos materiais podem levar até 400
anos para se decompor. “Infelizmente no Brasil, apenas 63% dos domicílios contam com coleta regular dos Resíduos sólidos. É bem comum a população não atendida queimar seus resíduos, enterrar ou utilizá-los nas habitações,  terrenos baldios, encostas e cursos de água, contaminando o ambiente e comprometendo a saúde humana”, informou Fernanda, dizendo que nas áreas rurais a situação está se agravando pela falta de conscientização e do aumento da ocupação das áreas rurais.

Nem todo o lixo rural é o resíduo da atividade agropecuária, podendo ser composto de materiais particulares à produção como embalagens vazias de agrotóxicos e fertilizantes
químicos, sobras de culturas, dejetos animais, produtos veterinários, pastilhas e lonas de freio entre outros; quanto por sobras semelhantes às produzidas nos centros urbanos que está aumentando na zona rural, como restos de alimentos, vidros, latas, papéis, plásticos, pilhas, baterias, fertilizantes químicos, lâmpadas entre outras.

Fernanda explica que a escolha das áreas para deposição do lixo nas imediações das comunidades geralmente é feita de maneira aleatória ou baseada apenas na acessibilidade do local. ” Ambiente rural é tradicionalmente conhecido por muitos como um ambiente de
calmaria, beleza e pureza, mas é conhecido por poucos como um ambiente primário de
produção, onde os demais setores (industriais e comerciais) são intimamente dependentes.
Com este tipo de preocupação, temos que buscar e disponibilizar informações a respeito da destinação adequada das embalagens vazias de agrotóxicos e da coleta seletiva em algumas áreas rurais do município, de forma a subsidiar o delineamento de ações e políticas públicas para a minimização ou até mesmo a e eliminação dos problemas identificados.

Coleta seletiva

É um trabalho integrado entre a sociedade e os poderes públicos no sentido de melhorar a arrecadação de bilhões de reais que se perde por desperdiçar mais de 60% do lixo que é produzido pela sociedade. A coleta seletiva é rentável aos municípios e poderia minimizaria os gastos municipais.

A produção de lixo vem aumentando

A presidente do STRAAF faz um alerta: “a população está aumentando assustadoramente em todo o planeta. No Brasil a média total da produção de lixo é de cerca 240 mil toneladas por dia. O processo de reciclagem diminui a geração de lixo, poupa certos recursos de serem explorados e favorece a limpeza da cidade e do campo. Além disso, incorpora também o indivíduo ao processo de eliminação do lixo, que, ao adquirir o hábito de separá-lo, passa a se sentir responsável pelas sobras que gera.

Conclusões

Em relação à destinação adequada de embalagens vazias de agrotóxicos, há a necessidade de disponibilização por parte de órgãos públicos, de assistências e vistorias técnicas a pequenos, médios e grandes produtores rurais, levando esclarecimento e facilitações, para que não haja omissões de responsabilidades para com estas embalagens e consequentemente com o meio ambiente. “Campanhas de sensibilização nas zonas rurais são necessárias, auxiliando os moradores sobre a forma correta de dispor seus
resíduos, separá-los para a coleta seletiva e utilizar os resíduos orgânicos na agricultura
familiar. Por isso a preocupação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Pirenópolis (STRAAF).

 

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