A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que, até na última sexta-feira (08), foi confirmado um total de 18 casos de meningite em Goiás. Desses casos confirmados, seis levaram à morte, e pelo menos uma delas é meningocócica. Órgãos de saúde tranquilizam população e dizem que não existe epidemia e nem motivo para alarde.
Conforme a gerente de Vigilância Epidemiológica da SES, Magna Carvalho, a um jornal local, Goiás não vive uma epidemia ou surto da doença. “Os casos estão dentro de uma distribuição normal”, disse. No ano passado, segundo a pasta, foram 213 registros da doença, com 39 mortes.
A vacinação é considerada pela medicina como a forma mais eficaz de prevenir a doença. A vacina contra o sorogrupo C está incorporada no Calendário Nacional de Vacinação para crianças menores de cinco anos e adolescentes de 11 a 14 anos, e é gratuita.
Entretanto, a cobertura do remédio no Brasil em 2017 foi de 86,58%, conforme dados do Ministério da Saúde.
Goiânia é a cidade com mais registros da doença. São quatro casos (um deles com vítima fatal). Atrás vem Aparecida de Goiânia, com três casos, com uma morte e Santa Helena, com dois casos e uma morte. Já os municípios de Anápolis, Rio Verde, Santa Terezinha, Trindade, Mundo Novo, Itaberaí, Britânia, Rubiataba e Jaraguá registraram, cada um, um caso (sem mortes).
Meningite meningocócica: saiba como se prevenir!
A meningite é uma doença grave que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus. A meningite bacteriana costuma apresentar um quadro clínico mais grave. No Brasil, casos de meningite são esperados ao longo de todo o ano, sendo a ocorrência das bacterianas são mais comuns no inverno e, das virais, no verão.
A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar sequelas e até mesmo levar a óbito. É causada pela bactéria Neisseria meningitidis que possui 12 sorogrupos identificados, sendo que cinco deles são os mais comuns (A, B, C, W e Y).
Por ser uma doença grave, é importante conhecer os diferentes tipos de meningite e saber como se prevenir. Confira abaixo algumas informações sobre a doença como transmissão, sintomas e formas de prevenção.
Quais as diferenças entre meningite viral e meningite bacteriana?
As meningites bacterianas são, do ponto de vista clínico, as mais graves. A meningite meningocócica (causada pela Neisseria meningitidis) certamente está entre as doenças imunopreveníveis que causam maior preocupação4 e, pela magnitude, gravidade e potencial de ocasionar surtos e epidemias, apresenta maior importância para a saúde pública. Já as meningites virais podem se expressar por meio de surtos, porém com menor gravidade.
O que é doença meningocócica? Por que é uma doença grave?
A Doença Meningocócica (DM) é causada pela bactéria Neisseria meningitidis e uma das formas de manifestação é a meningite meningocócica, que é uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Uma outra forma mais grave é quando a bactéria atinge a corrente sanguínea, chamada de meningococcemia.
Mesmo quando a doença é diagnosticada precocemente e o tratamento adequado é iniciado, 8% a 15% dos pacientes vão a óbito, geralmente dentro de 24 a 48 horas após o início dos sintomas. Se não for tratada, a meningite meningocócica é fatal em 50% dos casos e pode resultar em dano cerebral, perda auditiva ou incapacidade em 10% a 20% dos sobreviventes.
Como a meningite meningocócica pode ser transmitida?
O meningococo, bactéria que causa a meningite meningocócica, pode ser transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato direto com gotículas respiratórias através de tosse, espirro e beijo, por exemplo. Aproximadamente 10% dos adolescentes e adultos possuem a bactéria na orofaringe (“garganta”) e podem transmiti-la mesmo sem adoecer – são chamados de portadores assintomáticos.
Quais são os sintomas mais comuns?
Os sinais e sintomas iniciais da meningite meningocócica — incluindo febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito — podem ser confundidos com outras doenças infecciosas. Na sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas violáceas (arroxeadas) na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz.5,6 Se não for rapidamente tratado, o quadro pode evoluir para confusão mental, convulsão, sepse e choque, falência múltipla de órgãos e risco de óbito Essa rápida evolução e início abrupto, pode levar a óbito em menos de 24 a 48 horas. Por isso, é tão importante a prevenção da doença.
Quais são as principais formas de prevenção?
A vacinação é considerada uma forma eficaz na prevenção da doença. A vacina para prevenção da doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y é indicada para crianças a partir dos 2 meses de idade, adolescentes e adultos. Já a vacina para a proteção contra a doença meningocócica causada pelo meningococo B é indicada para indivíduos dos dois meses aos 50 anos de idade. Nos postos de saúde, a vacina para proteção contra a doença causada pelo meningococo C é gratuita para crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 14 anos.
Outras formas de prevenção são evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.
Com informações do GSK e G1GO
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