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Plantas, flores e matos que invadem o jardim e são comestíveis (PANCs); adquira o guia completo aqui:

Você com certeza já ficou frente a frente com alguma delas na rua, mas provavelmente não sabia que poderiam ser levadas e consumidas em casa. As PANCs, Plantas Alimentícias Não Convencionais, vêm ganhando o paladar dos brasileiros e podem inclusive ajudar na transição ao vegetarianismo ou veganismo.

Caracterizadas por plantas comestíveis, elas não são muito conhecidas ou consumidas e vão desde verduras até corantes naturais. Divulgá-las é uma maneira de não deixar esse conhecimento ancestral cair no esquecimento.

De acordo com o guia-prático sobre PANCs, desenvolvido pelo Instituto Kairós em parceria com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, o termo depende da pessoa com quem está dialogando e se essa planta é ou não convencional para ela.

Por exemplo, plantas amazônicas serão não convencionais para um paulista, e convencionais para um morador de Belém ou Manaus. Dessa forma, as PANCs estão relacionadas com aquilo que o ambiente local pode proporcionar.

No Brasil, todas as regiões possuem grande potencial para cultivar e explorar as plantas alimentícias não convencionais. O país possui solos férteis, com irrigação periódica e luz solar abundante.

Incluí-las no seu cardápio não só é uma possibilidade de variá-lo, como também acrescentará inúmeros nutrientes em sua dieta. Entre verduras, hortaliças, frutas, castanhas, cereais e até mesmo condimentos, as PANCs possuem nutrientes para dar e vender! E podem ser consumidas por todos, tá? Sem erro!

Claro, não é para sair comendo qualquer matinho que encontrar pela frente, as plantas podem ser venenosas; ou até mesmo algumas PANCs que sem o preparo correto podem intoxicar. Por isso, todo cuidado é pouco. Na dúvida, indicamos o grupo Hortelões Urbanos, basta mandar uma foto da plantinha que os usuários prontamente auxiliam.

Mas de qualquer maneira, para quem não tem muito conhecimento, a recomendação é a de adquirir as verduras em hortas urbanas ou em feiras orgânicas. Quando são encontradas nas ruas e calçadas, podem estar contaminadas.

Você pode baixar o guia completo nesse link:

https://institutokairos.net/wp-content/uploads/2017/08/Cartilha-Guia-Pr%C3%A1tico-de-PANC-Plantas-Alimenticias-Nao-Convencionais.pdf

Abaixo, algumas PANCs encontradas na natureza listadas no guia:

Almeirão-roxo

Com folhas coloridas e amargas, ela é similar ao almeirão e à escarola. Rica em antioxidantes, pode ser usada em salgados, tortas, pães e pizzas, do mesmo jeito que a escarola ou brócolis.

Azedinha

Usada principalmente em sucos ou em saladas, ela é rica em ferro e bem ácida. Também pode ser consumida em caipirinhas, geleias e em pratos doces, por dar aquele saborzinho especial! Existem duas variedades da Azedinha: a graúda e a pequena.

Beldroegão

Também chamada de major-gomes, maria-gorda ou língua-de-vaca, ela tem flores rosadas e suas folhas podem ser usadas em saladas, cozidas ou refogadas. Ela é extremamente rica em magnésio, cálcio, zinco e proteínas.

Bertalha

Muito famosa no Rio de Janeiro, ela pode ser usada em saladas e em sucos. Seu sabor lembra uma beterraba e seus frutos produzem um corante natural roxo. Ela também pode ser consumida refogada, cozida ou em sopas, e pode ser usado como recheio de pastel.

Cambuquira

Ricos em vitaminas A, C e E, os brotos devem ser usados e fervidos para amaciar. Pode ser incluído em sopas e caldos, e tem um sabor forte.

Capiçoba

Pode ser consumida crua em saladas ou como aditivo em pizzas, quiches e pães. Também pode ser refogada brevemente para acompanhar pratos caipiras.

Capuchinha

Com flores coloridas, toda a planta é comestível – as flores, as folhas e as sementes. Com sabor picante e similar ao da rúcula e do agrião, ela pode ser transformada em molhos, usada em saladas, pestos e omeletes.

Cara-moela

Também chamada de cará-do-ar, ela pode ser encontrada nas cores amarela, verde e roxa. Com sabor adocicado e meio acastanhado, ela pode substituir a batata em purês, cremes e até mesmo em chips.

Celósia

Também chamada de espinafre-africano ou amaranto-roxo, é parente da quinoa. Suas sementes são comestíveis e nutritivas. Suas folhas dão um tom rosado à comida – no arroz, por exemplo.

Espinafre-de-Okinawa

Popular na Ásia, é valorizada por seu sabor característico e sua coloração arroxeada. É utilizada refogada, em sopas, omeletes e recheios.

Erva-luisa

Ideal para chás e bebidas, pode ser usada também como condimento para molhos, peixes e para bolos e compotas.

 Feijão Guandu

Seus grãos imaturos podem ser cozidos como ervilhas, e seus grãos secos podem substituir o feijão. Deve ser fervido e a primeira água descartada para deixar o sabor mais suave. Preparado como o feijão normal, pede mais temperos, como tomate, cebola e cominho.

Grumixama

Conhecida como a cereja brasileira, frutifica na primavera-verão. Com frutos amarelos ou negros, ela é saborosa e pode ser consumida in natura ou transformados em polpa para sucos. É rica em vitamina C e antocianinas.

Guasca

Também chamada de picão-branco, ela é típica da culinária colombiana. Com sabor similar à alcachofra, ela combina com arroz, raízes e carnes brancas.

Lirio-Amarelo

Os botões dessa flor têm o sabor que lembra o alho, e ela pode ser usada como ingrediente ou como condimento. Suas flores são perfumadas e comestíveis, cruas ou cozidas, e podem ser usadas para tingir pães, massas, molhos e patês.

Mitsuba

Parecida com a salsa, é nutritiva e pode ser usada em sucos verdes. Tradicional na culinária japonesa, tem aroma único e é muito cobiçada na finalização de pratos e ensopados orientais.

Ora-pro-nóbis

Muito conhecida como a “carne dos pobres”. Neutra e suculenta, é querida por seu alto teor de proteínas e de fibras. Comum em Minas Gerais, é usada no feijão, na polenta e no recheio de massas e salgados. Para não soltar baba, não deve ser picada.

Palma

Trata-se de um cacto comestível, que deve ser descascados e ter os espinhos retirados. Usada como legume no México e parecida com o chuchu, ela é rica em vitamina C, cálcio e magnésio. De acordo com a cartilha, para remover espinhos e facilitar a remoção da pele, basta passar a palma no fogo.

Pé-de-Burro

Suas folhas são usadas para suco verde, e podem ser batidas com limão. Com sabor próximo ao da salsa, também pode ser utilizada como condimento.

 Picão

Suas folhas são nutritivas e podem ser usadas como verdura, desde que cozidas e em chás. Possui alto teor de ferro, zinco, cobre e potencial antioxidante.

Shissô

Parente do manjericão, possui folhas verdes ou roxas. Pode ser utilizada para aromatizar conservas e é usado para acompanhar pratos orientais, como lamen e udon.

Taioba

Ela não deve ser consumida crua, apenas cozida ou branqueada. Pode ser um acompanhamento para feijoada.

 

Tupinambo

Parente do girassol, ela é valorizada na alta gastronomia por seu sabor que lembra o coração da alcachofra. É rica em antioxidantes e em inulina.

Urtiga

Uma das plantas mais ricas em ferro, ela é usada na culinária principalmente para fazer sopas.

Vinagreira

Também chamada de hibisco, os frutos desidratados são usados como chá, e suas folhas em saladas e pratos salgados. Também é interessante para sucos e para geleias.

Adquira o guia completo das  PANCs, aqui:
https://institutokairos.net/wp-content/uploads/2017/08/Cartilha-Guia-Pr%C3%A1tico-de-PANC-Plantas-Alimenticias-Nao-Convencionais.pdf
Fonte: Almanaque SOS
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