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Idoso de 86 anos é preso em flagrante por injúria racial ao se recusar ser atendido por garçonete negra, em Pirenópolis

Um idoso de 86 anos foi preso por injúria racial ao recursar ser atendido por uma garçonete negra em Pirenópolis. O crime aconteceu no final de semana. As informações são da Polícia Civil.

A vítima, de 24 anos, informou que atendia aos clientes de um restaurante e quando foi atender a uma mesa, o idoso lhe dirigiu a palavra dizendo que não queria aquele atendimento, pois não gostava de sua cor.

Consta na denúncia, que a vítima trabalha em um restaurante na cidade e foi em direção à mesa do idoso para realizar o atendimento. O idoso estava sentado numa mesa juntamente com outras 15 pessoas e a garçonete se aproximou para servi-los, o idoso recusou receber o atendimento dela. Ela sem entender bem aquela situação, perguntou porque? O homem, porém, disse que não queria ser atendido pela garçonete, pois “não gostava da cor dela”. No mesmo momento ela se dirigiu até a Delegacia de Pirenópolis e registrou a denúncia. Os agentes da Policia Civil foram até o restaurante e o isoso ainda estava lá e acabou sendo preso em flagrante.

Ele deve responder pelo crime de Injúria Racial, previsto pelo artigo 2°-A da lei 7.716/89, cuja pena pode chegar a cinco anos de reclusão. Na delegacia, diante do delegado, o idodo confessou que falou isso mesmo, mas que foi apenas uma brincadeira de mal gosto. A audiência de Custódia dele acontece na tarde  hoje(09).

A Polícia Civil não revelou os nomes dos envolvidos, nem do local, por isso a reportagem não conseguiu ouvir as partes.

Por que a polícia e a mídia ocultam a identidade dos suspeitos?

‘O que aconteceu foi que, com a chegada da Lei de abuso de autoridade, as polícias e, consequentemente, a mídia, começaram a temer a divulgação de suspeitos, com medo de serem punidos’, explica o advogado Delane Sulivan

É comum que a população se questione, muitas vezes com indignação, porquê a polícia e a mídia geralmente não divulgam o rosto e o nome de suspeitos ou presos em flagrante.

Já houve uma época em que a polícia permitia que a imprensa entrevistasse suspeitos dentro da Delegacia, mostrando o rosto, a voz e o nome.

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