Foto: Jayda Bento
Esta semana o delegado de Polícia Civil de Pirenópolis, Tibério Martins, ouviu funcionários do Hospital Ernestina Lopes Jayme, sobre os acontecimentos do dia 25 de junho, momentos que antecederam a morte da médica plantonista, Jayda Bento, de 26 anos.
Em depoimento ao delegado, dois funcionários do hospital contaram que foram em busca da médica após ela sair para intervalo de seu plantão e não voltar, mas a encontraram já sem vida, trancada dentro do banheiro, no local havia uma seringa e um frasco do medicamento usado no tratamento de dor
Segundo o delegado Tibério, foram ouvidos, um Auxiliar de Serviços Gerais e uma Técnica de Enfermagem. “Os dois profissionais contaram que ela atendeu até 12h40. Outro médico que estava no atendimento, mandou mensagem, mas ela não retornou. Ele saíram procurando e pouco depois da 15h00, na Sala Semi-intensiva, perceberam a porta do banheiro estava trancada e ouviram barulho de torneira aberta. Estranhando a situação, chamaram pelo nome de Jayda, mas não tiveram resposta. Eles arrombaram a porta e a encontraram sentada no chão, escorada na parede e cianótica(quando a pele adquire uma coloração azulada). Um médico checou seu pulso e constatou que ela não tinha sinais vitais. Foi quando a polícia foi chamada”, detalhou.
Ainda de acordo com o delegado, as testemunhas contaram ter um visto dentro do banheiro, uma seringa suja de sangue e o frasco do medicamento fentanila. O medicamento tem como base opioides fentanil, potente analgésico usado no tratamento de dores laudo. O laudo irá confirmar se havia ou não a presença da substância no sangue de Jayda.
O delegado adiantou que dois médicos devem ser ouvidos na próxima quinta-feira. “Como alguns não moram em Pirenópolis, vamos marcar no dia que tiveram plantão na cidade. Vamos ouvir também familiares da médica e outros funcionários do hospital. A principal hipótese até agora é de morta acidental”, concluiu o responsável pelas investigações.