A polêmica relacionada à “restauração” da imagem de Nossa Senhora das Dores, que faz parte do acervo da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, de Pirenópolis, está tomando grandes proporções, nas ruas, no comércio local e na imprensa, o que mais se ouve é a pergunta: quem autorizou essa descaracterição da imagem? Pelo que se sabe, não foi somente esta escultura, outras também foram alteradas e até mesmo retiradas do acervo.
A pressão está grande entre os envolvidos, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por exemplo, definiu um prazo de 15 dias para que os responsáveis pela Igreja Nossa Senhora do Rosário recuperem as imagens, enviou um perito pelo que já constatou outras ações arbitrárias e graves, mas ainda não tem nada oficial sobre quem mandou a revitalização ser feita e também quem a fez. A Diocese de Anápolis não quer comentar sobre o assunto enquanto o laudo do Iphan não sai.
MANIFESTO PÚBLICO
A Comissão Pirenopolina de Folclore (C.P.F.), divulgou hoje(08) um manifesto público dizendo: que vem a público manifestar sua preocupação quanto as ações de descaracterização que acometeram a imagem sacra de Nossa Senhora das Dores pertencente ao acervo da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pirenópolis. “Aguardando que medidas urgentes e efetivas sejam tomadas pelas autoridades competentes para a averiguação dos fatos.
Destacamos que a Comissão Pirenopolina de Folclore trabalha continuamente pela preservação do patrimônio histórico e cultural de Pirenópolis.
E por outro lado a cúpula responsável pela Igreja Católica de Pirenópolis foi evasiva na resposta – optando por um “silêncio protocolar”.
Conforme ao ofício enviado na última sexta-feira (04) à Diocese de Anápolis, responsável pela Igreja Matriz de Pirenópolis, a denúncia é enfatizada como “sem autorização” e “sem acompanhamento” das autoridades competentes.
No texto, direcionado ao bispo Dom João Wilk, o instituto reiterou que, durante uma vistoria realizada na Igreja Matriz em março deste ano, não foi informada sobre a necessidade de quaisquer trabalhos de restauros nas peças.
Além disso, foi destacado o fato da imagem, datada do século XVIII, ser tombada como patrimônio histórico e, por isso, precisaria do acompanhamento de um técnico habilitado para o trabalho.
A colaboração, que começa pela entrega da imagem à disposição do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), irá aguardar esclarecimentos do órgão, que pode apenas fazer análises do tipo de restauração empregada e solicitar informações sobre como tudo ocorreu.
Enquanto isso, a real origem da intervenção, ou seja, de onde partiu a orientação para que a revitalização fosse realizada, e também quem a executou, seguem sendo um mistério.
VEJA ABAIXO O ANTES E DEPOIS DE ALGUMAS IMAGENS: