Filme Travessia sobre a vida de Dona Telma Lopes acaba de ser gravado na Fazenda Babilônia

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Todas as foto foram feitas pela fotógrafa Ana Póvoas

Acaba de ser gravado na Fazenda Babilônia, em Pirenópolis, o curta metragem Travessia, que conta a vida de Dona Telma Lopes Machado, proprietária da fazenda, quando tinha sete anos de idade, época que foi estudar em Pirenópolis praticamente obrigada pelo pai.

O filme conta muito bem a história da vida de Telma, que inclusive, participou ativamente das gravações. Foi ambientado na época de 1950, todos os cenários foram feitos pelos diretores de Arte e Figurinos Ursula Ramos e Demétrius Pompeu de Pina. A Direção e Roteiro é de Ana Lima , diretora de Produção feita por Lilian Bento, a diretora de Fotografia é Joanna Ramos Carvalho e uma vasta lista de participantes. A pirenopolina Aline Santana Lobo interpretou Dona Ita Pereira, mãe de Telma,(veja Ficha Técnica completa abaixo no texto)

Foram mais ou mesnos duas semanas de gravação na Fazenda Babilônia. Dona Telma participou como consultora de Arte sempre muita animada e receptiva. O filme será lançado em breve e daremos continuidades às informações. Aguardem!

Ficha técnica 

Curta Travessia

  • Direção e Roteiro Diretora e Roteirista: Ana Lima
  • 1º Assistente de Direção: Bruna Porfirio
  • Produção Diretora de produção: Lilian Bento
  • Assistente de Produção: Leandro Cunha
  • Assistente de Produção: Beatriz Batalha
  • Diretora de Fotografia: Joanna Ramos Carvalho
  • 1º assistente de câmera: Ynã Omokun
  • 2º Assistente de câmera e Logger: Kaique Castro Gaffer: Carol Noronha
  • Assistente de Elétrica e Maquinária: Luiza Ramos
  • Assistente de Elétrica e Maquinária: Angelica Rodrigues Moreira
  • Direção de Arte e Cenografia. Ursula Ramos
  • Assistente de Direção de Arte. Mariah Mundim
  • Figurinos e Objetos de Cena: Demétrio Pompeu de Pina.
  • Cenotecnico e Contra Regra: Jacobson Junior
  • Direção de Arte Diretora de Arte e Cenógrafa: Ursula Ramos
  • Diretor de arte, Cenógrafo e Figurinista: Demétrius Pina
  • Consultora de Arte: Dona Telma Consultora de Arte
  • Assistente: Lilian
  • Contrarregra/Cenotécnico: Oswaldo jacob Junior
  • Assistente de arte: Mariah Mundim
  • Som Direto: Acacio Campos
  • Fotógrafa Still: Beatriz Batalha
  • Fotógrafa Still: Ana Póvoas
  • Designer: Zé Maia

    Conheça um pouco da Fazenda Babolônia Patrimônio nacional

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    Construída em fins do século XVIII, a Fazenda Babilônia se destaca, hoje, pelo seu imenso valor histórico, preservado durante séculos. Tombada como Patrimônio Nacional, pelo IPHAN, e inscrita no Livro de Belas Artes, nº480, em 26/04/1965, conserva o extenso casarão, em estilo colonial e diversos muros de pedras, construídos pelos escravos.

    Esta edificação, de porte majestoso, é sustentada por grossos esteios e vigas de madeiras, com paredes de adobe e pau-a-pique. Algumas destas madeiras chegam a medir 2 palmos de largura e atravessam vãos livres de cerca de 15 metros. O enorme telhado, cobertos com telhas-coxa, é composto de caibros rolíços de cerca de 20 cm de diâmetro, muito próximos uns dos outros. Todo este madeirame é unido por encaixes precisos e cavilhas de madeiras. Muito pouco metal foi usado, havia carência deste material devida a dificuldade da importação ocasionada pela distância e o custo da longa viagem. Os pregos usados, principalmente nos assoalhos, são pregos quadrados, feitos manualmente em bigornas, e até as dobradiças das portas são em madeiras.

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    A casa segue um padrão conhecido como arquitetura colonial paulista, pois era comum durante o século XIX, as fazendas paulistas construírem casas deste estilo, que tem como característica mais marcante a sua distribuição espacial, que permitia ao senhor vigiar e controlar toda a fazenda de alguns poucos lugares estratégicos da casa. No caso da Fazenda Babilônia, da ampla varanda controlava-se toda a senzala e as edificações externas, e da sala de jantar, rebaixa e a moenda.

    Destaca-se dentro desta grande construção, a capela, ainda toda original, localizada ao final da grande varanda, que acompanha toda a frente da casa. Dedicada a Nossa Senhora da Conceição e de pequenas dimensões, conserva o assoalho de madeira, os forros pintados com as imagens de São Joaquim e de Santana, emolduradas por elementos artísticos barrocos. O altar, estreito e ao fundo, é encimado por um pequeno nicho onde se encontra a imagem de Nossa Senhora da Conceição sobre um retábulo todo de madeira. Chama atenção os diversos espelhinhos redondos, correntes pintadas e meia-luas, provavelmente herança dos artistas escravos africanos. Na parede, contígua a casa, há uma janela treliçada que dá vista a sala. Deste modo, da sala se vê o altar. É também uma maneira de contemplar as mulheres, que assistiam as missas acomodadas na sala, os homens assistiam, em pé, na varanda, e apenas o padre ficava dentro da capela.

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    E para finalizar, ainda que faltando tantos detalhes, que só mesmo visitando a fazenda e passando horas conversando com a proprietária para poder se ter uma idéia, a fazenda conta também com um pequeno museu com diversos objetos antigos, do tempo das mulas, das camas de tiras de couro e colchão de crina, quando se fazia velas de cera e as mulheres montavam em cilhões, carregando as tralhas em bruacas de couro duro.

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