Polêmica: logomarca do Iphan está sendo usada indevidamente em material de divulgação do Festival Louva Piri

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O Festival Louva Piri, com “evagelizashow” dos cantores Delino Marçal e Diego Fernandes, será realizado nos dias 1º e 2 de abril em Pirenópolis. No material de divulgação, uma das entidades que aparece como parte do apoio à realização do evento gospel é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Mas o único bem imaterial tombado pelo Iphan no município é a Festa do Divino Espírito Santo.

A superintendência do instituto no Estado informou que o Iphan não é apoiador do evento e não teve conhecimento prévio sobre o uso da logomarca. “A superintendência do Iphan em Goiás já entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Pirenópolis pedindo a retirada da logomarca do Instituto em todas as formas de divulgação do evento”, respondeu o órgão federal. No escritório em Pìrenópolis, não quiseram falar sobre o assunto dizendo que quem responde é a Superintendência.

No histórico de atuação do Iphan, festas religiosas que recebem apoio do instituto são tombadas como patrimônio imaterial. A liberação de recursos para realização de eventos ligados a igrejas não costuma se dar diretamente por se tratar de um show ou festividade de determinada religiosidade, mas pela expressão cultural simbólica para a história e a arte daquela localidade.

Influência religiosa no Iphan

Em reportagem publicada nesta segunda-feira (21/3), a Folha de S.Paulo recordou o histórico recente de nomeações de religiosos que não têm experiência com patrimônio histórico e artístico no País durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os nomes citados aparece o do pastor Tassos Lycurgo, que ocupa o cargo de diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial, com “pós-doutorado em apologética cristã pela Oral Roberts University, uma universidade cristã localizada em Tulsa, nos Estados Unidos”.

De acordo com a Folha, Larissa Peixoto, presidente do Iphan, “posta com frequência em seu Instagram referências a Cristo e trechos da Bíblia, além de falar bastante em Deus”.

O Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, está apoiando um festival de música gospel em Pirenópolis, no estado de Goiás, cidade na qual o único bem imaterial registrado é a Festa do Divino Espírito Santo. O Iphan diz que desconhecia a utilização de sua logomarca no material do evento.

Não se tem notícia de que o órgão federal de preservação do patrimônio tenha apoiado um show do tipo antes —o Iphan costuma apoiar expressões culturais associadas a religiões, como o Círio de Nazaré, em Belém, e as festas do Divino em Pirenópolis e Paraty, no litoral fluminense, reconhecidas como patrimônio imaterial, mas não ações religiosas diretas.

 

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