Ontem(04), durante a reunião com representantes do Governo do Estado, Cavaleiros, Mascarados, Salvaguarda, Associação Atlética Pirenopolina, Ministério Público, Iphan, autoridades locais e a população, foi apresentado um projeto do novo Cavalhódromo de Pirenópolis. No entanto, o projeto apresentado através de slides, videos e equipe do Governo Estadual, foi rejeitado por unânimidade, ” não condiz com a nossa realidade”, disseram.
No decorrer do encontro, foi feita uma apresentação minunciosa do novo Cavalhódromo, com explicações orais, e em mídeas, para todos os presentes. Após conhecer em detalhes a nova estrutura a ser construída, o direito a questionamentos e sugestões foi aberto e todas as pessoas puderam usar o microfone e fazer suas perguntas. Todos os presentes demonstraram insatisfação com o que foi apresentado gerando até mesmo um desconforto no ambiente.
Até o momento não foi nos enviado nada sobre o projeto, mas todo descontentamento girava em torno do mega espaço a ser construído, medindo cerca de 20 mts de altura com muito concreto, vidro e divisões de salas. “Parece um shopping’, disse Mauro Cruz, membro do Grupo Salvaguarda da Festa do Divino Espirito Santo. “não condiz com nossa realidade”, acrescentou Séfora Eufrásia Pina, propondo outro projeto, completamente diferente. “Não queremos uma mega construção, queremos nossa festa de volta. Só isso!”, completou.
Na verdade o que pairava sobre todos os presente era uma simples dúvida: “Será que isso vai acontecer mesmo, nem tempo hábil para isso tem, já que é uma obra para ser finalizadas em mais de três anos”, disse um dos presentes. “Não queremos uma obra faraônica, um elefante branco, preferimos uma obra simples, sem muito concreto e com muita luz”, desabafaram.
Logo em seguida à reunião foi divulgado um manifesto nas redes sociais da página @cavaleiros_de_pirenopolis do instagram. Leia abaixo o que diz o manifesto;
📢 Manifesto sobre o futuro do Cavalhódromo de Pirenópolis 📢
Hoje, durante a reunião com representantes do Governo do Estado, cavaleiros, Salvaguarda, Associação Atlética Pirenopolina, Ministério Público, Iphan ,vereadores, autoridades locais e a população, foi apresentado um projeto para um novo Cavalhódromo. No entanto, essa proposta não condiz com a realidade de Pirenópolis.
O projeto apresentado é desproporcional à arquitetura colonial da cidade e inadequado para as Cavalhadas e o futebol, já que reduz o espaço do campo e compromete a tradição da festa. Nenhum dos presentes aprovou essa proposta. É até bonito de se ver no papel , porém não é funcional para nós e também para o futebol.
A comunidade defende que:
✅ A estrutura embargada seja totalmente demolida.
✅ O espaço seja limpo.
✅ As Cavalhadas possam ocorrer com estrutura móvel, preservando a tradição.
✅O projeto apresentado hoje não seja aprovado
✅ Se houver um novo projeto respeite a identidade histórica e atenda às reais necessidades do futebol e da festa.
✅Que se houver um novo projeto haja consenso de todos nós pirenopolinos
✅ O campo é a estrutura seja funcional
Pirenópolis tem uma cultura única, e não aceitaremos que decisões sejam tomadas sem a participação da comunidade. O governo precisa ouvir a população e rever esse projeto. As Cavalhadas e o futebol são patrimônio do povo, e não permitiremos que essa história seja apagada!
Conforme Bruna Arruda, superintendente de Patrimônio Histórico e Artístico das Secretaria de Cultura, foi apresentado o desenvolvimento dos projetos arquitetônicos e complementares. ‘O cronograma depende primeiro da aprovação do projeto pela comunidade. Após várias reuniões ocorridas anteriormente, nós trouxemos os ajustes que eram viáveis e agora está dependendo da aprovação da comunidade para darmos sequência. Pelo cronograma a primeira coisa a ser feita será a demolição, depois execução. Agora depende da aprovação da comunidade, já atencipamos algumas avaliações como do Corpo de Bombeiros, IPHAN e Prefeitura. Estão todas em andamento. A fase de demolição levará uns 4, 5 meses. Creio de daqui uns 6 meses começaremos a obra, é uma obra pra mais de três anos’, explicou.
‘O projeto apresentado é desproporcional à arquitetura colonial da cidade e inadequado para as Cavalhadas e o futebol, já que reduz o espaço do campo e compromete a tradição da festa. Nenhum dos presentes aprovou essa proposta. É até bonito de se ver no papel , porém não é funcional para nós e também para o futebol’, salientou um dos representantes da comunidade.
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