Crise se instala no Iphan-GO: após denúncias, perseguições serem expostas, assessoria de Pedro Wilson divulga Nota de Pública

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O clima nas últimas semanas dentro da superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Goiás, é de guerra. Indicado pelo governo federal para chefiar a unidade, o ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson (PT) foi acusado de assédio moral contra servidores, que protocolaram denúncias em diferentes órgãos. Em reposta, a assessoria de comunicação do professor divulgou ontem (19), uma Nota Pública. (Leia no final da matéria).

Depois de passar por um momento de desmonte promovido pelo governo de Jair Bolsonaro, marcado pela drástica redução de recursos e aumento da burocracia interna, engessando a atuação dos servidores do órgão, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passa por uma das piores crises da história, promovido por servidores polarizados por ideologia política.

Desde a sua nomeação, Pedro Wilson, nomeado pelo PT, encontra-se ao meio hostil caracterizado por discussões, acusações, agressões verbais e denúncias.

Por um lado, servidores denunciam que o superintendente instalou um clima de caça às bruxas, desconfiando de qualquer projeto antigo do instituto, como se fosse algo ligado ao bolsonarismo. Isso estaria atrasando a aprovação de análises da área técnica, o que coloca em risco a execução do orçamento.

Também há relatos de agressões verbais. Em uma reunião, ele teria chegado a chamar uma técnica de “parasita”.

Em contrapartida, Pedro Wilson tem movimentado seus apoiadores históricos para rebater as críticas e denúncias de técnicos do instituto, que, para o gestor, são frutos de uma perseguição contra ele. Além de ex-prefeito, ele é ex-deputado federal por Goiás e um dos fundadores do PT no estado.

Autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), o Iphan é responsável por preservar e divulgar o patrimônio nacional. O órgão cuida, por exemplo, da restauração de edifícios históricos e da melhoria de festividades tradicionais.

Denúncia

Pedro Wilson assumiu o Iphan em maio, por indicação do próprio PT, e não do presidente nacional do instituto, Leandro Grass. Servidores relatam que, logo nos primeiros meses de gestão, começou a ocorrer o atraso de processos que chegavam à mesa da diretoria.

A relação com os servidores teria piorado no mês de agosto, quando pessoas da área de transporte teriam sido dispensadas após denúncia de uso de veículo oficial sem informação de destino.

Parte dos servidores chamou Pedro Wilson para uma reunião com o objetivo de questionar essas dispensas. Foi quando a situação teria declinado de vez, com agressões verbais por parte do superintendente do Iphan.

Segundo a denúncia realizada no Ministério Público Federal MPF, Pedro Wilson teria dito que se sentiu traído com acusações sobre irregularidades no transporte e que teria amigos na Polícia Federal para investigar a origem da denúncia. Em determinado momento, teria chamado uma servidora de “parasita”.

 

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