O governo federal confirmou, nesta quarta-feira (16), que o Brasil não vai adotar o horário de verão na temporada 2024/2025. A decisão foi anunciada em coletiva de imprensa convocada pelo Ministério de Minas e Energia.
A discussão sobre o retorno ou não do horário de verão, que começou há cerca de um mês, teve como pano de fundo a preocupante insuficiência de chuva no país.
Com a seca que castiga diversas regiões, principalmente o Sudeste e o Centro-Oeste, a medida voltou ao rol de alternativas para diminuir a sobrecarga do sistema energético e mitigar o impacto do esvaziamento de reservatórios.
Horário de verão no Brasil
O horário brasileiro de verão foi instituído pela primeira vez, pelo então presidente Getúlio Vargas, de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932.
No Brasil, funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando, em abril, o governo federal decidiu revogá-lo, alegando pouca efetividade na economia energética.
Antes da extinção, o período de vigência do horário de verão entre os meses de outubro e fevereiro era definido, de acordo com critérios técnicos, para aproveitar as diferenças de luminosidade entre os períodos de verão e do restante do ano.
A medida impactava na redução da concentração de consumo elétrico entre 18h e 21h.
Até 2019, o horário de verão foi aplicado nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, ainda, no Distrito Federal.
Ficavam de fora da política pública as regiões Norte e Nordeste, por não representar redução da demanda energética significativa nos Estados das duas regiões, devido à diferença na luminosidade em relação ao restante do país. Parceiro;