Natura confirma compra da Avon, fusão gera um negócio de R$ 40 bilhões

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Negócio entre a empresa brasileira e a marca americana de cosméticos foi anunciado nesta​​ semana. Juntas, as duas companhias têm cerca de 6,3 milhões de consultores em todo o mundo.

A Natura é desde desta quarta-feira (22/5) a controladora da americana Avon. O anúncio foi feito no início da noite e envolveu a troca de ações entre as duas empresas. Juntas, as duas companhias passam a ocupar a quarta posição entre os maiores grupos de cosméticos do mundo, com faturamento bruto anual no valor de US$ 10 bilhões (ou cerca de R$ 40 bilhões, ao câmbio da última quarta-feira).

Para comprar o controle da Avon, em uma negociação que começou em setembro do ano passado, ficou acertada a troca de papéis das duas companhias e o desembolso de US$ 530 milhões para parte dos acionistas da empresa americana. Segundo o comunicado, o objetivo é concluir o acordo até o fim de 2020 e gerar ganhos para a nova companhia entre US$ 150 milhões e US$ 250 milhões.

A nova empresa passa a contar com 6,3 milhões de consultores de beleza em nível global — equivalente à população da cidade do Rio de Janeiro. Juntas, Natura e Avon passam a ter aproximadamente 40 mil funcionários, distribuídos por 100 países.

Com o acordo, a holding da Natura, que já contava com duas aquisições de marcas estrangeiras, a britânica The Body Shop e a australiana Aesop, além da própria Natura, passa a ter um quarto braço de negócios em seu portfólio.

Após o negócio, será criada uma nova holding brasileira, chamada de Natura Holding S.A, para incorporar as duas empresas. Os atuais sócios da Natura terão 76% de participação. Os restantes 24% ficarão nas mãos dos atuais acionistas da Avon. Essas ações serão listadas no Novo Mercado da bolsa paulista, a B3, e com recibos de ações (ADRS, na sigla em inglês) negociados na Bolsa de Nova York.

Caberá aos acionistas da Avon 0,30 de cada ação da nova Natura Holding. Já os acionistas da série C da Avon vão receber, juntos, US$ 530 milhões.​​ Esse valor foi garantido por meio de um acordo fechado pela companhia brasileira com um grupo de bancos.

A opção pela troca de ações evitou que a companhia brasileira ficasse muito exposta, com um alto endividamento. Mas é fato que a Natura terá pela frente o desafio de arrumar a casa e coordenadas não só a parte de produção desse megagrupo que surge a partir de agora, como resolver questões de logísticas.

Ainda terá pela frente a missão de convencer os órgãos reguladores, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de que a parceria não representa ameaças de concentração de mercado. Além, é claro, de precisar do sinal verde dos acionistas das duas companhias.

Papéis em alta​​ 

O anúncio foi feito depois do fechamento da B3, a bolsa paulista. Nesta quarta-feira (22/5), as ações da Natura fecharam em alta de 9,43%. O desempenho positivo foi uma reação dos investidores, informados por reportagem do Financial Times, à possibilidade de o acordo ser assinado. Com a alta dos papéis, a Natura alcançou um valor de mercado de R$ 26,6 bilhões, o que representou um ganho de R$ 3,3 bilhões em um único dia de pregão. As ações da Avon, negociada na Bolsa de Nova York, também dispararam, com alta de 9,06%, o que levou a companhia a uma avaliação de US$ 1,54 bilhão.

O contrato com a Natura só se refere à operação da Avon que é listada na Bolsa de Nova York, o que exclui o negócio nos Estados Unidos, que desde 2015 está separado da operação global em 2015.

As empresas enviaram as informações sobre o negócio para a Comissão de Valores Mobiliários, a CVM. Parte do trecho diz: “A Natura informa a seus acionistas e ao mercado em geral que chegou a um acordo com a Avon Products, companhia existente de acordo com as leis de Nova Iorque (“Avon”), para adquirir a Avon em uma operação que envolve troca de ações (all-share merger), que resultará na combinação de seus negócios, operações e das bases acionárias da Natura e da Avon (a 'Transação')”.

Ainda segundo o comunicado, “a Natura obteve compromisso de financiamento perante o Bradesco, Citigroup e o Itaú Unibanco S.A no valor principal agregado de até US$ 1,6 bilhão, a fim de financiar a contrapartida a ser paga aos detentores de ações preferenciais série C da Avon, assim como determinados pagamentos que possam se tornar devidos como resultado das transações descritas acima no âmbito de determinados financiamentos existentes da Avon”.

 

Fonte: CB

 

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