Rosalina Rosa de Jesus, uma senhora de 105 anos, vive hoje com o filho caçula e é cercada pelo amor dos familiares composto por dez filhos e muitos netos. No início da jornada da família em Goiás, a mulher alimentava os 11 filhos com peixes pescados no Rio das Almas, em Pirenópolis, em um período em que a alimentação para eles era escassa.
A idosa nasceu em Minas Gerais e se mudou para o Estado goiano em busca de uma vida melhor, acompanhada pelo marido, que veio da Itália em um navio. Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo dos anos, ela sempre teve o apoio do marido e dos filhos.
Após a perda do companheiro e de um dos filhos, os familiares se revezam para garantir todo o cuidado necessário e ajudar a matriarca a enfrentar lapsos de memória que apagam trechos de sua história.
“Um dia desses, ela não queria dormir porque queria ir para um rancho de palha, onde viveu anos atrás. Meu tio chegou da igreja e disse que levaria ela para o rancho. Aí ela pegou as coisas dela, colocou tudo dentro do carro, meu tio deu a volta no quarteirão e voltou para casa. Ela entrou na casa quietinha e foi dormir, acreditando que estava no rancho”, conta a neta, Maria Margareth Borges.
Legado para os filhos
Maria Margareth relata que o legado da matriarca já alcançou a quarta geração e ela se orgulha, especialmente, do filho caçula, que é diácono na igreja e se responsabiliza por levar a Eucaristia para ela em casa, já que não consegue mais frequentar os cultos.
“Ela fica doente quando ele fala que precisa viajar a trabalho na igreja. Às vezes, ele tem que fazer alguma viagem e ela diz que está mal só para ele não ir”, conta Margareth.
A família faz questão de celebrar juntos cada aniversário, já que esse evento é o preferido da matriarca. Principalmente se for uma festa surpresa, mesmo que ela já saiba que será realizado.
Para Maria Margareth, a longevidade e as memórias ricas da avó são inspirações para ela e para as gerações da família. Fonte; Mais Goiás Parceiro;