Em Pirenópolis, mãe luta para que filho com autismo, TDH e eplepsia tenha professor de apoio em sala de aula

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A peregrinação de mães de crianças atípicas é uma jornada sem fim e muitas vezes envolta de diversos desafios. A advogada Deborah de Pina tem um filho diagnosticado com Espectro Autista, TDH e Epilepsia e está em uma ampla mobilização em suas redes sociais tentando reverter a decisão do Governo do Estado, excluindo os professores de apoio das escolas estaduais.

Desde o dia primeiro deste mês Em 01/03/2023, a Secretaria da Educação do Estado de Goiás, através da Gerência de Educação Especial, assinou o Despacho n.594/2023/seduc/gepei-16419, negando a concessão do Profissional de Apoio Escolar para atendimento Individual de dezenas de crianças portadoras de deficiências.

De acordo com a advogada, desde que seu filho começou a frequentar a escola, ela se depara com o desafio de não saber se o filho terá um bom apoio escolar ou não. “Só no Colégio Militar, onde meu filho estuda, dos 10 professores de apoio que foram solicitados, somente dois alunos conseguiram. Oitos crianças, incluindo meu filho, ficaram sem professores de apoio. Em uma semana sem o professor de apoio exclusivo, meu filho não consegue participar das aulas, não escreve ou faz as atividades, está diariamente sendo prejudicado”, desabafa. A mãe comenta que apesar dos problemas, ela não muda o filho de escola porque todas são da mesma forma.

Deborah Pina está fazendo uma campanha em suas redes sociais, tentando chamar a atenção do Governo do Estado para tentar reverter a decisão. Em seu protesto, a advogada, pede apoio amplo afirmando que inclusão não é um favor! É um direito! Ela ainda aconselha todos os pais e mães de Pirenópolis e região que não tenham condições econômicas para contratar advogados e mover uma ação de Mandado de Segurança, que a procurem para orientações.

Veja abaixo o protesto feito pela advogada Deborah Pina em suas redes sociais:

A situação é muito séria ❗

Em 01/03/2023, Despacho n.594/2023/seduc/gepei-16419, a Secretaria da Educação do Estado de Goiás, Gerência de Educação especial negou a concessão do Profissional de Apoio Escolar para atendimento Individual de dezenas de crianças portadoras de deficiências. Demitiram grande parte desses profissionais e reduziram o salário daqueles que permaneceram.

Dentre essas crianças, estão as portadoras de:
▫️ TEA Transtorno do Espectro Autista
▫️ Deficiência intelectual ou Transtorno do desenvolvimento intelectual.

Com essa atitude, o governo está ignorando Laudos médicos e pareceres emitidos pela equipe pedagógica das instituições de ensino.

Por que digo que nossos filhos perderam o direito de estudar❓
Simplesmente são crianças que não conseguem acompanhar as aulas, escrever, ler, se relacionar com os colegas, sem a atenção do Professor de Apoio exclusivo. O que essas crianças farão, como consequência, abandonar a escola.

Além de advogada, meu filho João Gabriel é Espectro Autista + TDH + Epilepsia. Em uma semana sem o professor de apoio exclusivo, João Gabriel não consegue participar das aulas, não escreve ou faz as atividades, está diariamente sendo prejudicado.

🛑 INCLUSÃO NÃO É FAVOR É DIREITO! PEDIMOS O APOIO DE TODOS PARA ESSA CAMPANHA!

PELA RECONTRATAÇÃO DOS PROFESSORES DE APOIO E PELO CUMPRIMENTO DO DIREITO CONSTITUCIONAL A EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA! 💪🏼

👉🏻 Compartilhe esse poste marcando
@governogoias @ronaldocaiado

👉🏻 Pais e mães de todo Estado de Goiás que estão sendo afetados, entre em contato com o representante do Ministério Público de sua cidade ou entre com a Ação. Judicial de Mandado de Segurança de forma particular.

👉🏻 Pais e mães de PIRENÓPOLIS, caso não tenha condições econômicas para a ação de Mandado de Segurança, me procurem para orientações.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES‼️

Ajudem a reforçar este movimento compartilhando e marcando @governogoias @ronaldocaiado

3 COMENTÁRIOS

  1. Olá! Em Pirenópolis existe alguma associação de pais ou grupo de pais de autistas? Caso exista poderiam indicar o nome ou perfil no Instagram? Obrigada

  2. Aqui em Pirenópolis 99% dos professores de apoio não tem o mínimo de conhecimento na área de inclusão, fiquei sabendo que o único professor com especialização em Autismo era um tal de Alex que em 2022 fez um trabalho belíssimo com um aluno numa escola.Infelizmente esse ano não renovaram o contrato dele, pelo que eu fiquei sabendo ele usou o método do espelhamento ( o imitar) e a mãe do aluno pensou que o professor estava debochando do filho dela , enfim… Uma grande perda. Lamentável! A falta de conhecimento de alguns e a ignorância de muitos aqui em Pirenópolis, não poderia ter outro resultado.

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