Foto: O Popular
O número de mortes por covid-19 vem caindo no país de “forma consistente” desde 19 de junho. Os dados são do levantamento Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
No último dia 19 foram contabilizados 2.075,43 óbitos segundo a média móvel de sete dias. Na quinta-feira, dia 8, esse número caiu para 1.440,57. O ápice de mortes da segunda onda ocorreu no dia 12 de abril com 3.123,57 mortes diárias.
O número de casos diários de covid-19, segundo a média móvel de sete dias, chegou a 48.636,86 nesta quinta-feira (8). Segundo a fundação, houve queda expressiva em relação a 23 de junho, quando alcançou o maior patamar da pandemia no Brasil, com 77.264,71 casos diários.
Apesar de queda em número de mortes por Covid-19, nível de indicadores continua alto
O epidemiologista Diego Xavier, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, destacou que, apesar da tendência observada de queda no número de casos e de óbitos, o nível dos indicadores ainda está muito alto no país.
“A média móvel de óbitos, em torno de 1,5 mil, ainda é muito superior a tudo o que a gente viu em 2020. Temos observado uma tendência de diminuição de mortes desde meados de abril, e isso é efeito principalmente da vacinação entre os mais idosos”, disse.
O pesquisador alertou, entretanto, que, com o ritmo de vacinação ainda lento e a possibilidade de circulação da nova variante Delta, com origem na Índia e altamente infecciosa, a população ainda precisa manter os cuidados como o uso de máscara e o distanciamento social para evitar a transmissão do novo coronavírus e o surgimento de novas variantes de risco.
“É preciso acelerar a vacinação. E, mesmo tomando a vacina, é necessário manter os cuidados até que a gente tenha um volume de pessoas vacinadas suficiente para criar uma imunidade coletiva e, aí sim, retomar algumas atividades com cuidado”, afirmou o epidemiologista.
Estados em queda superior a 15% na média móvel:
A média de mortes por covid-19 apresenta queda em 17 Estados brasileiros e no Distrito Federal. A curva caiu mais de 15% na 2ª feira (5.jul.2021) na comparação com 21 de junho de 2021, duas semanas antes. Quando isso acontece, os especialistas consideram que há queda na média móvel.
- Amapá
- Bahia
- Ceará
- Distrito Federal
- Goiás
- Maranhão
- Minas Gerais
- Mato Grosso do Sul
- Pará
- Paraíba
- Pernambuco
- Piauí
- Paraná
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Norte
- Rio Grande do Sul
- Santa Catarina
- Sergipe
No Acre e em Roraima, a curva aumentou mais de 15% em 14 dias, percentual que indica piora da pandemia, segundo os pesquisadores.
Em outros 7 Estados, a média variou menos de 15% para cima ou para baixo, o que mostra estabilidade da crise sanitária. São eles:
- Alagoas
- Amazonas
- Espírito Santo
- Mato Grosso
- Rondônia
- São Paulo
- Tocantins
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