Prefeitura transforma Centro Histórico de Pirenópolis em vários canteiros de obras, num mês de alta temporada, contrariando moradores e turistas. “Obra eleitoreira e mal planejada”, disseram

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Durante esse mês de julho, quando a população flutuante de Pirenópolis quase que triplica, mês de alta temporada, o que se ouve pelas ruas do Centro Histórico são reclamações por parte dos moradores e turistas que trafegam pelas principais pela cidade e presenciam um verdadeiro caos: carros quebrados e parados, blocos de cimento espalhados, pedestres com dificuldade de atravessar e trânsito prejudicado.

A iniciativa causa divisão da opinião pública, principalmente entre condutores de veículos que aprovam e outros rejeitam o serviço realizado com diversas justificativas.

Os novos dispositivos conhecidos como FAIXAS ELEVADAS ou quebra molas, estão sendo instalados desde o início do mês em diferentes ruas da cidade. Na Praça do Coreto, na Rua Direita, na Rua Benedito de Pina, em frente a escola Tia Olivia , na avendida Banjanmin Constant, Rua Rui Barbosa, Rua Aurora e outras

O senhor Rafael que mora próximo a uma destas obras, está indignado. “São tantas ações esdrúxulas que esta gestão vem desenvolvendo que fico sem acreditar. Cortam mangueiras em flor em avenidas, transforma as ruas em canteiros de obras, num mês de muito movimento e em ano eleitoral. Todo mundo tá vendo que é obra eleitoreira, mal planejada”, desabafou.

Dona Divina que mora na Lapa, disse que pedestre em Pirenópolis não tem vez. “Essa Rua Benedito de Pina é um horror de andar por ela, essa obra então é óbvio que ao invès de melhoras, vai é piorar, olha a altura desse troço”, esbravejou.

Uma turista que mora em Brasília, Jussara Dias, disse que está assustada com o rumo que Pirenópolis está tomando. “Pirenópolis está mudando numa velocidade muito grande. Venho aqui há décadas, tenho até uma casa aqui, mas tá difícil. Muita construção nos morros e áreas que antes eram verdes, esses quebras molas nada a ver, coisa feia, desproporcional, pra que isso, sem contar que é visível que vai acumular água de chuva”, enfatizou.

Repercussão
A colocação dos redutores de velocidade, bem como a implantação de faixas elevadas mexem com a opinião pública. A funcionária pública Tatiane Medeiros agradeceu a intervenção na rua da sua casa. Pedro Casanova pondera que a medida adotada é exagerada, são construções enormes e horrorosas. “Isto é falta de educação dos motoristas e também dos gestores. Numa cidade onde o respeito impera, não precisaria de um quebra mola deste tamanho, sem contar que é uma obra duvidosa, inexplicável”, compara. Ainda assim, Fabiana Moreira reivindica esta obra em uma rua bem movimentada e de alta velocidade, que é na baixada da Rua Direita, próximo ao antigo Vapt-vupt. “A Prefeitura poderia pôr um destes aqui”, comenta.

No entanto, muitas críticas têm sido feitas sobre a altura e forma dos redutores que conforme explicam alguns observadores, vão “pegar” veículos por baixo e até causam estragos, além de trancos, mesmo quando for passar devagar sobre os obstáculos.

As informações abaixo foram retirada do site https://acessoainformacao.pirenopolis.go.gov.br/ – Portal do Cidadão da Prefeitura de Pirenópolis. Os serviços contratados serão executados no prazo de 12 meses pela Construtora Dois Irmãos Importadora e Serviços LTDA para execução de faixas elevadas em diversas ruas de Pirenópolis com valor estimado de 218.325,34. O processo 2024002498 teve data de abertura dia 24/04/2024.

A reportagem tentou contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo e com a Secretaria Municipal de Agricultura, Infraestrutura e Trânsito e não teve sucesso.

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