O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) passou, recentemente, a monitorar espécies ameaçadas de extinção em Goiás. Quando a humanidade perde algum tipo de animal, é difícil dimensionar o tamanho do prejuízo da sociedade. Um setor que pode sofrer grande dano, por exemplo, é o farmacêutico, visto que alguns medicamentos importantes são de origem animal.
O empresário aposentado José Maria Uruena Sebastian, de 72 anos, já sofreu dois infartos do miocárdio. No segundo, em 2008, uma complicação fez com que o paciente precisasse de tirofiban, medicamento produzido com base nos venenos da cascavel-anã. “Foi bastante importante para mim. Há 10 anos vivo bem, tomando remédio apenas por precaução”, comenta o espanhol, morador de Brasília desde a fundação da cidade.
De acordo com o cardiologista Fausto Stauffer, a droga é importantíssima no tratamento de infartos mais agudos. “Ela ajuda a diminuir os coágulos formados nas artérias que irrigam o coração. O tirofiban diminui as chances de morte e complicações, é algo bem impactante”, sublinha o coordenador de cardiologia do Hospital Santa Lúcia Norte, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Distrito Federal.
Entre os 11 animais agora protegidos oficialmente pelo ICMBio, é listado um tipo de serpente: a Philodryas lívida, presente em todo o Goiás. A União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) classifica a espécie como vulnerável. Também existem casos de animais da relação em perigo (EP) e criticamente em perigo (CR).
Não são todas as espécies que contribuem com a fabricação de fármacos. Porém, quando a humanidade extingue uma espécie, também perde a chance de encontrar alguma função social para a categoria desaparecida. “Ainda entendemos muito pouco sobre os animais e as relações entre eles e o ambiente. Quando perdemos um sapo, por exemplo, deixamos para trás compostos químicos que poderiam ser utilizados para melhoria da saúde humana”, pondera Igor Morais, biólogo e assessor de conservação e pesquisa aplicada do Zoológico de Brasília.
O discurso do professor Raimundo Henriques, do Departamento de Biologia da Universidade de Brasília (UnB), segue a linha do ainda raso conhecimento humano sobre o benefício das variadas castas animais. “Várias espécies já nos ajudam, mas não sabemos o possível benefício de tantas outras. É preciso conservar até que uma mente talentosa descubra a utilização em prol da sociedade” argumenta.
Combate ao câncer
Inúmeros medicamentos são retirados de toxinas de alguns tipo de sapo. Em 2015, por exemplo, a Universidade de Adelaide, da Austrália, divulgou um estudo em que o veneno de uma espécie australiana é ativo no combate de 60 linhas celulares padrão de câncer, em especial em casos de próstata. Na lista de preservação goiana, o ICMBio tenta manter vivo o Allobates goianus, presente na Chapada dos Veadeiros e na Serra da Mesa, destinos conhecidos dos brasilienses.
Além do Allobates goianus, a Chapada abriga outras espécies ameaçadas, que contam com plano de ação de conservação elaborado sob a coordenação do ICMBio, como o lobo-guará, a raposinha-do-campo, o pato-mergulhão, entre outros. “É fundamental fortalecermos as ações previstas nesses planos, para que possamos reverter as ameaças sobre as espécies e os ambientes da região”, comenta Fernando Tatagiba, gestor do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, abrigo de uma fauna com mais de 1.470 espécies.
As ações do ICMBio são todas vinculadas ao Ministério do Meio Ambiente. Além da missão da preservação da vida dos animais, ele visa garantir a preservação dos habitats naturais, fundamentais para a biodiversidade.
Espécies ameaçadas de extinção em Goiás
Sapo Allobates goianus (EN)
Sapo Proceratophrys moratoi (EN)
Serpente Philodryas livida (VU)
Macaco-prego Sapajus cay (VU)
Peixe Ancistrus minutus (EN)
Peixe Baryancistrus niveatus (CR)
Peixe Brycon gouldingi (EN)
Peixe Creagrutus varii (VU)
Peixe Lamontichthys avacanoeiro (EN)
Peixe Mylesinus paucisquamatus (EN)
Peixe Rhynchodoras xingui (EN)
Lobo-guará, identidade do cerrado
Além das vantagens mais “visíveis” da manutenção da vida de um animal, a extinção de uma espécie pode ser considerada uma derrota para a raça humana. “Nós somos responsáveis por manter e cuidar do mundo para as próximas gerações”, alerta o biólogo Igor Morais.
O funcionário do Zoológico de Brasília também alerta para a perda da identidade do cerrado, por exemplo, caso o ameaçado lobo-guará suma do mapa. “É uma espécie icônica que influencia nossa mente e cultura. Caso desapareça, pode não sentir dano perceptível, mas o dano é enorme”, pondera. Até 2016, o lobo-guará era alvo de um plano nacional para evitar que o bicho entrasse em extinção. Ainda assim, é até hoje listado como vulnerável.
Fonte: Correio Brasiliense
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Arthur Abreu
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