Os meses de agosto e setembro, historicamente, marcam um período crítico em relação à incidência de incêndios florestais no Cerrado. Isso porque a baixa umidade relativa do ar aliada às altas temperaturas se tornam grandes combustíveis para a propagação do fogo em vegetação seca.
Só para ter uma ideia, apenas na primeira semana de agosto, o Corpo de Bombeiros Militar atendeu 332 ocorrências de incêndios florestais, totalizando 656,71 hectares de vegetação queimados na região do entorno.
Dados do Grupo de Proteção Ambiental (Gpram) apontam que, de janeiro a julho deste ano, foram registrados 2.553 chamados de queimada. Com uma área de 3.118,08 hectares atingida pelo fogo. Porém, o período mais crítico inicia agora e todo o cuidado na prevenção é importante.
Ação humana
Segundo especialistas, 90% das ocorrências são ocasionadas por alguma ação humana e poderiam ser evitadas. O ato de jogar bituca de cigarro na mata ou de queimar pasto ou lixo em área verde, por exemplo, pode desencadear um incêndio de grandes proporções.
Provocar queimadas é crime, sujeito à multa e prisão. Qualquer pessoa pode denunciar o ato ilícito pelo número de emergência 193.
E não é apenas a vegetação nativa que sofre, inúmeros animais perdem a vida com as queimadas no Cerrado, além do risco de atingir casas, galpões, armazéns e instalações rurais. Sem contar as consequências relacionadas à saúde das pessoas devido à inalação da fumaça, que é extremamente tóxica para o organismo.
Nesta época do ano, crescem as ocorrências de problemas respiratórios, de pele e de mucosas. Os idosos e as crianças são os que sofrem mais.
Prevenção
Para minimizar os danos sofridos com os incêndios em vegetação, é necessário um esforço em conjunto, tanto da população quanto dos órgãos de fiscalização e de controle ambiental. Neste período mais seco, o recomendado é evitar a queima de pasto em chácaras e de forma alguma queimar lixo em área verde ou fazer fogueira em mata nativa.
Medidas de conscientização devem ser feitas para conter o grande volume de queimadas que ocorrem nesta época do ano. Ações de aceiro controlado também estão sendo feitas por brigadas.
Inmet emite alerta
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a região Centro-Oeste está em estado de alerta devido à baixa umidade do ar, que tem variado abaixo dos 20%. Os avisos emitidos diariamente pelo instituto chamam a atenção para os riscos à saúde e para a maior incidência de incêndios florestais. Segundo o Inmet, a região está há 52 dias sem registro de chuva. A estiagem deve durar ao longo dos meses de agosto e setembro, período característico da seca.
Denuncie e ajude a combater incêndios florestais
Avistou fogo no cerrado acione:
Corpo de Bombeiros: 193
Brigada Volutária Gavião Fumaça(BRIGAF): (62) 99987.7237
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