Mineradora canadense investe pesado na extração de ouro em Pirenópolis

A mineradora canadense Rover Critical Minerals acredita ter feito um negócio da China. Graças a uma manobra articulada por políticos para lá de enrolados com empresários do setor, a empresa conseguiu o direito de explorar ouro em Pirenópolis.

A Rover Critical Minerals é a mais nova júnior a entrar no mercado minerário brasileiro. A companhia listada na bolsa Ventures de Toronto (TSXV) acaba de assumir o projeto de ouro de Pirenópolis, em um esquema que envolve pagamentos em dinheiro, ações e cessão de royalties de produção de eventual operação em Goiás.

Pirenópolis consiste em um ativo de exploração greenfield localizado próximo à divisa de Goiás com a região Noroeste de Minas Gerais, onde está localizada a mina de ouro Paracatu, da Kinross.

A área abriga xisto calcário friável, estratificado e hospedado, com veios de quartzo e alteração de sericita, que foi alvo de uma corrida do ouro no fim do século XVIII.

De acordo com a Rover, amostra obtida durante coleta de sedimentos apresentou teor de 0,8 grama de ouro por tonelada (g/t Au), a partir de uma flotação de veio de quartzo, o que a canadense considerou “um ótimo começo para a próxima fase de prospecção”.

Com a conclusão da aquisição, a canadense afirmou que vai iniciar amostragem do solo e mapeamento de riachos, “coletando inúmeras amostras de flotação de quartzo para segui-los até a fonte”, com planejamento de promover futuramente uma campanha de sondagem no local.

Transação

Para assumir Pirenópolis, a Rover pagou US$ 45 mil e emitiu 5 milhões de ações, além de ceder royalties de 2% sobre a receita líquida (NSR) para a Solaris Geologia e Pesquisa Mineral, com a possibilidade de comprar 50% desses direitos por US$ 1 milhão.

Além disso, a canadense se comprometeu a pagar US$ 120 mil em dinheiro após concluir uma estimativa inaugura de recursos minerais, além de US$ 250 mil após eventual requerimento de concessão de lavra no local.

“Estamos entusiasmados em prosseguir com a próxima fase de exploração nesta antiga área da corrida do ouro, utilizando métodos modernos de exploração, com o objetivo de repetir um sucesso semelhante ao de Paracatu, uma das maiores minas de ouro a céu aberto do Brasil e também do mundo”, afirmou o diretor-executivo da Rover, Nasim Tyab, referindo-se à operação da Kinross. Fonte: https://www.noticiasdemineracao.com/