odos os olhos estão voltados para a Amazônia, mas dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o aumento dos focos de incêndio em relação ao ano passado é um fenômeno generalizado no Brasil. Somando-se os 26 estados e o DF, o órgão já registrou 84.957 focos de incêndio do início do ano até a última quarta-feira (28), ou seja, aumento de 75% considerando o mesmo período de 2018.
A situação no cerrado, por exemplo, é grave. De 11 unidades da Federação que abrigam esse bioma, apenas em duas (Piauí e São Paulo) houve redução na contagem de focos de incêndio, segundo o Inpe (-20% e -27%, respectivamente).
Não é só na Amazônia: o cerrado também está queimando.
Na região Centro-Oeste, quase toda ocupada pelo cerrado, o Inpe registrou expressivo aumento de 100% no número de incêndios florestais, de 11.035 focos no ano passado para 22.128 até agora, em 2019. Entre as cinco regiões brasileiras, o aumento do fogo no Centro-Oeste só fica atrás do índice registrado no Norte, lar da Amazônia: onde já foram registrados 40.211 focos de incêndio, 121% a mais do que no ano anterior.
Em almoço com jornalistas neste sábado (31), o presidente justificou a mudança: “Estava muito restritivo e poderia atrapalhar mais do que ajudar. Eu fui de roça e o fogo faz parte do processo. Se não queimar, não nasce”, afirmou. “Além disso, a floresta é úmida, a floresta não pega fogo assim”, disse ainda.
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