Entenda o caso: porque a Câmara de Vereadores de Pirenópolis aprovou por unanimidade Moção de Repúdio contra advogado da prefeitura

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Vereadora Ynaê

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Vereador Tuti

Durante essa semana, na última sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Pirenópolis foi aprovada por unanimidade uma Moção de Repúdio contra o advogado comissionado da Prefeitura de Pirenópolis que atua frente à Secretaria Municipal de Bem Estar Social, Edimar Rosa da Conceição, por ter impedido dois vereadores de participar de uma reunião do Executivo e proferido palavras bastante ofensivas contra eles.

A vereadora Ynaê Siqueira Curado (DEM) denunciou à Câmara Municipal de Pirenópolis que  foi extremante ofendia pelo referido advogado, quando ela e o vereador Tuti, na última quinta-feira(23) tentaram participar de uma reunião que estava acontecendo entre a Secretaria de Bem Estar Social e os alunos universitários para discutirem sobre o não pagamento da Bolsa Universitária há mais de 6 meses. Conforme o vereador Tuti, que chegou na reunião primeiro, o advogado foi até seu encontro e o impediu de participar da reunião alegando que ela será apenas do Executivo. “Fomos convidados pelos alunos que fazem parte do Projeto Bolsa Transporte Universitário. O secretário Salomão Melo não estava, somente esse advogado que foi muito prepotente e autoritário. Infelizmente tive que sair porque ele disse ser do Executivo e não poderia ter interferência do Legislativo nesta reunião. Questionei e liguei para Ynaê que disse estar chegando. Eu acompanhado pela vereadora, novamente entrei na reunião e me sentei. Neste momento veio ele(advogado) bastante arrogante, chegou na gente e disse que se permanecêssemos ali, a reunião se enceraria. Saímos novamente e ligamos para a Polícia Militar que lavrou a ocorrência”, relatou Tuti.

A vereadora Ynaê bastante abalada disse que foi um momento de muita tristeza. “Fomos lá representar e dar apoio aos alunos. Fomos exercer nosso papel que é fiscalizar, dissemos que não iríamos interferir, só permaneceríamos como ouvinte. Os alunos estão há 6 meses sem receber o auxilio e quando fomos prestar nosso apoio e cobrar desta gestão, fomos surpreendidos por um advogado despreparado para lidar com pessoas, muito arrogante e prepotente”, desabafou a vereadora.

Ynaê conta também que no momento que os dois policiais chegaram e pediram a Ata da Reunião, o advogado Edimar a trouxe e perceberam que na Ata não constava que os dois vereadores foram expulsos da reunião. “Quando o questionei sobre a ausência da narração do fato em Ata, o advogado começou a desferir palavras ofensivas, atacando minha vida pessoal, criticando minha atuação como vereadora, gritando e vindo para cima. Ele ficou a poucos centímetros de mim, mas graças a Deus me mantive calma e não aconteceu coisa pior. Ele continuou com a ofensas e saímos de lá perplexos. Eu sei que ele estava obedecendo ordem, mas isso foi muito triste. Ele começou a gritar: Vai vereadora, vereadora dos likes, vai fazer seu videozinho. Registrei o caso junto à Polícia Civil para que seja apurado. Ele continuou desferindo falas ofensivas e os dois policiais pediram calma e que resolvêssemos a situação em outro momento e lugar aquela situação”, disse Ynaê, acrescentando que o advogado já veio com ofensas prontas e seu discurso preparado. “Ele já sabia que nós vereadores estaríamos presentes nesta reunião, porque tínhamos pronunciado em plenário um dia antes. O secretario Salomão Melo não teve coragem de aparecer e mandou este testa de ferro, popularmente chamado de ´boi de piranha`. Realmente eu não me importo com o que ele fez comigo, mas ficou indignada com o tipo de gente que nossa população está lidando. Foi um absurdo, vou dar continuidade. Como pode uma pessoa que é funcionária pública, recebe dinheiro do povo, agir desta forma?. É inadmissível”, enfatizou.

A reunião terminou e os alunão não tiveram o pagamento efetuado, sem a presença do secretario Salomão Melo, o advogado Edimar disse que para pagarem as mensalidades do Transporte Universitário terão que doar sangue. “A Lei determina que essa prestação de serviço comunitário dos alunos só deve acontecer depois do pagamento. Desde de fevereiro não pagam e se realmente o não pagamento é devido a ausência de contrapartida dos alunos com a doação de sangue, porque não falaram isso antes, só foi falado agora no meio do ano. Realmente é muito triste, eu acho que nunca fui tão ofendida durante a minha atuação como vereadora de Pirenópolis, tudo que eu faço é trabalhar”, desabafou a vereadora.

Tanto a presidente da Casa, Lola Triers quanto o vereador Joassi Figueiredo também se pronunciaram e estão indignados com o fato ocorrido.

A Moção de Repúdio foi a provada na última sexta-feira(24) e será apresentada na Prefeitura de Pirenópolis amanhã(27) e também será encaminhada à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB-GO para também tomarem as devidas providências.

A reportagem tentou entrar em contato com o advogado pelo Instagram e não obteve resposta até o fechamento da matéria.

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Advogado Edimar Rosa da Conceição

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