Professoras da Escola Municipal Santa Maria de Nazaré, do povoado de Caxambú, publicaram vídeos nas redes sociais denunciando que estão fazendo a faxina, porque a Prefeitura de Pirenópolis não contratou o serviço de limpeza. “Olha aí pessoal, a nossa vida. Começar a escola e nós temos que ser faxineira também”, diz uma professora enquanto varre o chão.
A faxina era pra ser, na verdade, uma reunião pedagógiga, só que logo na chegada à escola, as professoras foram surpreendidas.
“A coordenadora nos reuniu e foi comunicar a notícia de que a gente estava sem faxineira e sem merendeira também. E que a secretaria de educação pediu que nesse primeiro momento a gente fizesse um mutirão com todos os professores e limpasse a escola, porque senão a gente ia ficar no sujo”, disse uma professora.
Professoras tiram mesas e cadeiras para lavar escola em Pirenópolis, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A docente disse que a coordenação da escola informou às professoras que os profissionais de limpeza não foram contratados por falta de uma licitação e que essas contratações só aconteceriam em março, um mês após o início das aulas. “Começando as aulas, cada professor fica responsável por limpar a sua sala. Aí a gente tem que dar aula e ainda limpar a sala até março, quando ela vai poder contratar uma pessoa.”
Com a repercussão do caso na internet, a coodenação da escola enviou uma nota liberando as profissionais do trabalho presencial. O planejamento das aulas poderá ser feito de casa e as professoras só terão que se reapresentar na escola no dia 31 de janeiro, um dia antes do início das aulas. Mas a nota não fala nada sobre a contratação de profissionais de limpeza ou quem será o responsável pelo serviço até março.
“Eu vejo todas as professoras das escolas da cidade sendo recebidas com as escolas limpinhas, participando de curso. E nenhuma tava fazendo faxina como nós, sabe? Não que eu queria a faxina para elas. Não que a faxina seja algo ruim de fazer. É um trabalho digno como qualquer outro. Mas só que minha função não é essa. Eu sou professora”, desabafou a docente. Fontes: @piri_crateras_eternas e G1GO
Parceiro: