Operação começou cedo, antes das 05h00 (Fotos: divulgação/PC)
O gabinete do Prefeito permaneceu fechado
A manhã desta quarta-feira(06) foi bastante intensa em Pirenópolis, equipes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), de Goiânia e da Polícia Civil de Pirenópolis chegaram cedo, antes das 05h00, percorreram várias residências e também a sede da Prefeitura Municipal cumprindo vários mandados de prisão. Foram presos secretários e assessores locais, com também vários empresários de Goiânia proprietários da empresa contratada para fazer limpeza urbana no município. As acusações são por desvio de recursos e transações escusas.
A operação sigilosa da Polícia Civil (PC) prendeu cinco agentes públicos da administração municipal de Pirenópolis, entre eles o titular da secretaria de Administração e Governo, Adriano Gustavo de Oliveira e Silva, e o secretário de Infraestrutura e Trânsito, Ozair Louredo da Cunha. Eles são investigados por fraude em licitação e desvio de recursos públicos. Também foram apreendidos um controlador interno, Ney Jackson Oliveira, um assessor jurídico e um assessor especial, bem como empresários de Goiânia, cujos nomes não foram divulgados. Evidências apontam que o dinheiro era subtraído por meio desta empresa contratada pela administração municipal para realizar serviços de limpeza urbana. O nome da empresa também não foi revelado.
Todos os envolvidos foram conduzidos para a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia. Ao todo, oito mandados de prisão e outros 13 de busca e apreensão estão sendo cumpridos naquele município e na capital do Estado. As diligências estão sendo conduzidas pela delegada Mayana Rezende.
Residências dos envolvidos foram as primeiras a serem visitadas
De acordo com o promotor do Ministério Público de Pirenópolis, Bernardo Boclin, a apuração teve início na Delegacia de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Dercap), mas foi transferido à Deic quando Mayana passou a trabalhar nesta última delegacia. “Pela fase em que se encontra o inquérito, não posso ceder mais informações. Detalhes devem ser colhidos diretamente com Mayana”.
O Pirenópolis Online tentou contato com a delegada, porém foi informado de que a policial havia se deslocado para Goiânia e a delegada local não quis dar entrevista, nem autorizou a divulgação das imagens da operação. A redação também realizou esforços para falar com o prefeito da cidade, João Batista Cabral, o João do Léo, sobre a prisão de parte de sua equipe, mas o telefone da sede do Executivo estava sempre ocupado e o seu gabinete permaneceu fechado até o fechamento desta matéria. Vários servidores da Prefeitura de Pirenópolis estão perplexos e revoltados com o ocorrido. ”Tem gente aqui dentro que trabalha há 35 anos e nunca cometeu nenhuma falcatrua. Estamos torcendo para que apurem os fatos e predam os culpados. Tem muita gente honesta aqui, essas ações ilícitas foram cometidas por uma pequena minoria”, justificou um servidor indgnado que não quis se identificar.
Texto e fotos: Pirenópolis Online e Polícia Civil