Após divulgação de foto e prisão, mais três mulheres relataram que também foram estupradas pelo idoso ainda crianças. Todas as vítimas tinham parentesco com o homem

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Sandoval Afonso da Silva, suspeito de estuprar familiar de 8 anos, em Corumbá de Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Sua foto foi divulgada em vários jornais, a matéria sobre sua prisão por estuprar crianças repercutiu bastante e isso, informou a Polícia Civil de Corumbá de Goiás, nesta segunda-feira (21), desencadeou a denúncia de mais três mulheres, que procuraram a delegacia para relatarem que o homem abusou sexualmente delas quando eram crianças. Conforme a delegada Aline Lopes, depois da divulgação da prisão, as três vítimas se encorajaram a fazer a denúncia contra Sandoval Afonso da Silva, de 65 anos. Os crimes aconteceram em Pirenópolis e Corumbá.

Segundo a delegada, uma das três mulheres contou ter sido abusada pelo homem, com quem tem parentesco, quando tinha 11 anos de idade. Uma outra mulher informou ter sido abusada diversas vezes há cerca de trinta anos. “Todas as vítimas apresentam relato semelhante: Sandoval, se aproveitando da amizade que mantinha com as famílias das crianças e do momento em que ficavam a sós, forçava-as a pegar em suas partes íntimas e passava a mão pelo corpo das crianças”, disse a delegada.

A prisão preventiva ocorreu no último dia 4 de novembro. A reportagem não conseguiu identificar a defesa do suspeito até a última o fechamento dessa matéria.

O homem já era investigado por estupro de vulnerável contra três crianças. Uma menina de 11 anos que, na época do crime tinha 8 anos, e outras duas vítimas que estão com 13 e 15 anos e, na época dos crimes, tinham 7 e 10 anos – sendo um menino e uma menina. “A vítima, que hoje tem 11 anos, assistia uma reportagem na TV sobre um caso de abuso e disse aos pais que aquilo tinha acontecido com ela e tinha sido um familiar”, disse Aline.

A menina contou que os estupros aconteceram duas vezes, quando a família ia visitar a casa do homem. Ela disse que era obrigada a colocar a mão nas partes íntimas do familiar e que o idoso ficava olhando por baixo da saia dela. “Já quanto ao primeiro caso que temos conhecimento aconteceu em 2016. Os depoimentos das vítimas são parecidos, os crimes aconteciam de maneira parecida, o que reforça que os estupros realmente aconteceram”, contou a delegada.

Ao ser preso, o idoso admitiu informalmente o estupro da familiar. Porém, em interrogatório, negou qualquer crime. A Polícia Civil divulgou a foto do suspeito com o objetivo de identificar possíveis novas vítimas.

A divulgação da imagem e identificação do preso observa os limites impostos pela Lei 13.869/2019 e Portaria 547/2021, tendo em vista o interesse público em fomentar a colaboração de eventuais outras vítimas e testemunhas.

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