Foto: Henrique Costa
Os comerciantes de Pirenópolis de um modo geral concordam que a reabertura para o turismo nesse final de semana, foi bastante positiva, apesar de ter somente seis restaurantes e 21 pousadas abertas.
A avaliação foi que o comportamento dos turistas que se hospedaram em pousadas, pouco saíram e quando saíram para passear na cidade, perceberam que existia uma grande movimentação de Day Use ou o Bate e Volta sem controle, voltaram para a pousada optando por mais segurança.
Nos restaurantes, os empresários avaliaram e perceberam dois fatores: o primeiro é que 90% das pessoas usaram máscaras, a pequena parcela que não usou máscaras, se concentravam nas vias de acesso e na própria Beira Rio, mas os comerciantes juntamente com alguns moradores, entendem que nesse primeiro momento, isso deve melhorado. Um ponto identificado pela população é que talvez uma solução que poderia ser tomada por parte da prefeitura é a proibição de acesso à Beira Rio das pessoas por 15 dias. O motivo é simples: controlar essas aglomerações, ou seja, conter e talvez coibir o fluxo de pessoas que não tem interesse de usar máscaras e se cuidar. “Houve o aumento do fluxo, mas foi concentrado na Beira Rio”, frisou um comerciante, acrescentando “Dentro dos restaurantes foi exigido o uso de máscara e distanciamento, o que foi cumprido por todos, só retiravam a máscara quando se sentava à mesa. Não houve aglomeração desregulada na Rua do Lazer, o número de passantes estava permitido dentro da Nota Técnica. Vários fiscais presentes por ali e não houveram consequências maiores, o que se percebeu foi que ao longo do dia, o grande número de visitantes sem compromisso e seriedade entraram sem nenhum rigor ou exigência, o descumprimento da proposta do decreto que foi o agravante. Então é esse ponto tem que ser corrigido, os integrantes da Associação dos comerciantes da Rua do Lazer se reuniram para essa avaliação e irão corrigir os pequenos detalhes para o próximo fim de semana”, concluiu.
A opinião dos empresários de todos os segmentos do trate foi unânime, os dois maiores problemas ocorridos foram esses dois: o day use e a ausência das barreiras sanitárias que poderiam ter contribuído nas bases do decreto, aferindo a temperatura e exigindo hospedagem preestabelecidas , ou seja, portando o voucher.
Os comerciantes compreenderam o posicionamento da Secretaria de Saúde que esclareceu a falta de contingente para dar suporte nessa questão, mas entendem que sexta e sábado seria importante ter o controle nas entradas, com isso, o turismo não terá alta desordenada, não haverá muita ocupação nas pousadas e todos trabalhariam normalmente.
Nos finais de semana é de suma importância, corrigir a questão de acesso dos visitantes e talvez proibir o trânsito de pessoas na Beira Rio e a volta das barreiras sanitárias.
Enfim, a avaliação foi positiva e esses ajustes virão pós esse primeiro momento, é isso que vem ocorrendo em todas as cidades turística diante da reabertura, é um momento de testagem e observações.
“O mais importante está acontecendo agora, quando todos os setores estão se reunindo para resolverem e corrigirem rápido essas questões que estão muito claras. Cabe agora à Prefeitura corrigir esses pontos”, disse Gúbio Manhas. “Percebemos que existe uma necessidade de fiscalização mais incisiva na Beira Rio e implantação das barreiras nas sexta e sábados”, completou Gúblio.
Outra questão apontada pelos comerciantes, foi a necessidade urgente de se criar uma análise técnica de enfrentamento à Covid-19, não de forma numérica, mas sim de forma gráfica, porque quando são divulgados os números nos boletins epidemiológicos, as pessoas não entendem nem o crescimento, nem a baixa de contaminados. O mais importante é que não se jogue o resultado da testagem e sim, o dia que a pessoa fez o teste, não quando sai o resultado. Para exemplificar melhor: como estamos com uma baixíssima ocupação no setor de hotelaria essa semana, não haverá hipoteticamente uma contribuição significativa para o problema epidemiológico, até porque está mais seguro ficar dentro das pousadas e restaurantes com os protocolos do que a circulação de pessoa diante da contaminação comunitária, é fácil perceber que os municípios que deram certo nessa reabertura, foram aqueles que mantiveram as barreiras e os que criaram essa média gráfica adotada pelo Ministério da Saúde e OMS, pois é a única forma capaz de corrigir e não somente de divulgar números.
Dados do Bem
Essa semana está prevista a divulgação do App Dados do Bem que houve uma adesão significativa da população e o resultado será divulgado nos próximos dias. Para os comerciante, isso não poderá refletir na reabertura da cidade, pois foram análises passadas e não atual. “É importante que haja seriedade nisso, e que repensam a forma de análises de dados e se faça de forma gráfica, como em outros destinos e está dando certo, se não fizerem isso, a matemática nunca irá fechar em Pirenópolis, tudo será um falsete. Exemplo Caldas Novas entre tantos erros e acertos está conseguindo vencer essa batalha”, argumento um empresário preocupado.
Esse momento que Pirenópolis está vivendo é crucial para estabelecer mudanças e permite uma pergunta: a cidade carece de um turismo quantitativo ou de um turismo de qualidade?