Preocupado com a dengue, Secretário de Saúde, tomará novas medidas de combate ao Aedes Aegypti, como entrada forçada em imóveis fechados

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O secretário de Saúde,​​ Júnior Pereira de Siqueira,​​ alerta a população sobre o número crescente de casos​​ notificados de dengue​​ em Pirenópolis.​​ Somente em dezembro de 2018​​ até agora​​ foram​​ 58 casos de dengue, contra 12​​ casos​​ no mesmo período do ano passado.

De acordo com o secretário o​​ verão com temperaturas acima da média,​​ pancadas de chuva​​ e o número alto de turistas,​​ trouxe um alerta contra o mosquito da dengue.​​ Estamos observando um descuido na prevenção, são muitos focos encontrados, isso sem contar nas casas de propriedade de pessoas que moram fora de Pirenópolis e não temos autorização para entrar, mas buscaremos junto ao Ministério Público uma liminar que nos autorize quebrar o cadeado e até mesmo arrombar​​ portas​​ para entrarmos e tomarmos as medidas necessárias de combate ao mosquito Aedes Aegypti. ​​ São​​ aquelas regras básicas que todo mundo conhece:​​ não deixar água parada nos pratinhos de plantas, não deixar lixo acumulado. Chove, a água fica empoçada: lugar​​ perfeito para focos de mosquito”, exemplificou.

O​​ Secretário de​​ Saúde informou que as ações de combate ao Aedes Aegypti são realizadas durante todo​​ no município, como larvicidas — para combate ao mosquito e se precisar​​ irá​​ solicitar ao Ministério da​​ Saúde​​ veículos,​​ máquinas e produtos mais pesados, como​​ os fumacês,

“Infelizmente o MS entende que para tomar outras medidas é necessário que a cidade registre uma epidemia. Para se ter uma ideia,​​ o​​ município conta atualmente com 4 agentes de saúde, mais dois gerentes de endemias​​ apenas. Não podemos contratar mais. Isso​​ é​​ muito triste. Porque​​ temos​​ que​​ esperar a epidemia para contratar e não​​ tentar​​ evitar​​ que isso aconteça?”, indagou Junior Capela.

Para piorar a situação, o secretário explica que vários agente de saúde,​​ estão em desvio de função ou doentes​​ e não podem ficar expostos ao sol. “Para​​ poder admitir outros​​ agentes​​ temos que​​ realizar​​ um concurso, mas o​​ Ministério de Saúde​​ não autoriza,​​ entende que​​ o numero é suficiente. Em​​ 2014​​ foi registrado o maior número de casos de dengue,​​ ​​ tivemos mais de 500​​ confirmados.​​ Não temos​​ os​​ números​​ de janeiro deste ano,​​ mas é em média​​ de​​ 58 a 60 casos​​ até hoje”, revelou.

Em 2018, 88 mil imóveis foram visitados​​ pelos agentes​​ e​​ foram​​ notificados​​ 179 casos.​​ “Em todos eles​​ fizemos a borrificação para eliminação do foco. Conseguimos eliminar 107​​ casos”, esclareceu Júnior frisando que é​​ uma responsabilidade de​​ todos,​​ “cada cidadão deve ajudar,​​ ​​ tirando​​ uma hora por semana​​ para​​ verificar​​ seu​​ quintal”.

O secretário de​​ Saúde​​ disse​​ também que estão tendo um cuidado redobrado com​​ o abandono​​ AABB, pois está fechada a bastante tempo e​​ é um possível foco de dengue. ”A​​ AABB , com certeza​​ é um foco,​​ mas​​ ​​ fizemos duas ações​​ e várias​​ notificações. Não só a AABB mas vários​​ imóveis fechados são criadores de mosquito. As pessoas compram imóveis aqui, fecham e vão embora. Não se preocupam com este problema​​ e não​​ temos autorização do Ministério Público para​​ entrarmos​​ nesses locais fechados,​​ arrebentando​​ o cadeado, mas vou​​ falar​​ com o prefeito​​ para viabilizarmos​​ esta​​ liminar”, garantiu Junior​​ assegurando que​​ até o momento não​​ foi registrado​​ nenhum caso de dengue hemorrágica​​ .

Para os próximos dias, está programado​​ a realização de um arrastão de​​ 5 dias​​ de trabalho. “Esses​​ arrastões​​ são​​ feitos​​ todos​​ meses.​​ Recolhemos pneus nas borracharias​​ e vários objetos​​ para​​ encaminhamos​​ ao depósito​​ no Núcleo de​​ Epidemias​​ da cidade. Posteriormente,​​ doamos​​ para uma fábrica de recicláveis​​ em Brasília”, completou.

Junior disse ainda que observa os comentários entre as pessoas e nas redes sociais e garante que​​ a situação​​ não é alarmante. “Queremos eliminar os focos, a responsabilidade não é só nossa, é de todos. Temos que vistoriar nossas calhas, plantas, quintais, pois até​​ numa casca de ovo, o mosquito se prolifera.​​ ​​ Antes​​ ele​​ se​​ desenvolvia​​ somente​​ em agua limpa,​​ hoje​​ sofreu uma evolução e​​ se​​ desenvolve em qualquer​​ água​​ parada.​​ Não podemos ficar a mercê do mosquito.​​ Se cada um preocupar, conseguiremos​​ a eliminação dos​​ focos”, finalizou o secretário.

De acordo com o Ministério da Saúde, a região Centro-Oeste apresentou o maior número de casos suspeitos no ano passado: foram 93 mil. Em seguida, vêm as regiões Sudeste, com 68 mil casos, Nordeste, com 66 mil, Norte, com 16 mil, e Sul, com 2.900 casos.

Não é só a dengue que o​​ Aedes aegypti​​ transmite, veja as outras doenças:

O Aedes aegypti é um mosquito de hábitos diurnos que apresenta coloração preta e pequenas manchas e listras brancas espalhadas pelo seu corpo. Esse mosquito​​ vem dando o que falar em virtude da grande quantidade de doenças que é capaz de transmitir, algumas que podem até mesmo causar a morte. Você sabe que doenças são essas?

→ Dengue

A dengue é, sem dúvidas, a doença transmitida pelo Aedes aegypti mais conhecida pela população. Por essa razão, o A. aegypti ficou conhecido no Brasil como mosquito-da-dengue.

A dengue é uma doença febril causada por um vírus que apresenta quatro sorotipos. De uma maneira geral, ela causa febre alta, que se inicia de maneira abrupta, dores de cabeça, dores no corpo e articulações, dores nos olhos, fraqueza, manchas na pele e coceira. Em algumas pessoas, podem ocorrer vômitos, dores abdominais, hemorragias e até mesmo a morte.

A dengue não apresenta tratamento específico, sendo recomendado apenas uso de produtos que aliviem os sintomas. A principal recomendação é repousar e tomar muito líquido.

→ Chikungunya

A chikungunya é uma doença viral também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que chegou ao Brasil em 2014. O nome dessa enfermidade significa “aqueles que se dobram” e faz referência aos primeiros pacientes diagnosticados com o problema, na Tanzânia, que se curvavam em virtude das dores provocadas pelo vírus.

Os sintomas da chikungunya lembram muito os da dengue, como febre alta, dor de cabeça, manchas na pele e dores no corpo. Entretanto, a diferença principal está no fato de que a chikungunya provoca dores muito intensas nas articulações.

A chikungunya também é uma doença sem tratamento específico e, assim como a dengue, são tratados apenas a febre e as dores no corpo. A recomendação de beber muita água e manter-se em repouso também é indicada para essa doença.

→ Zika

A zika também é uma doença viral e chegou ao Brasil em 2015. Seu nome foi dado em referência ao local em que o vírus foi identificado pela primeira vez: Floresta Zika, na Uganda.

Em relação aos sintomas, a zika apresenta-se muito mais branda do que a dengue e a chikungunya, uma vez que 80% dos pacientes não apresentam nenhuma manifestação clínica. Quando os sintomas aparecem, eles são febre baixa, dores leves nas articulações, manchas e coceira. Pode aparecer ainda vermelhidão nos olhos, inchaço pelo corpo, tosse e vômitos. Complicações graves são raras, entretanto, podem ocorrer.

A zika destaca-se pela sua associação com casos de microcefalia, uma malformação que faz com que o cérebro dos bebês não se desenvolva de maneira adequada. Além disso, a doença também está relacionada​​ com a Síndrome de Guillain-Barré, que causa fraqueza muscular e paralisia dos músculos.

A zika é uma doença sem tratamento específico, sendo recomendado apenas o controle das dores e da coceira pelo corpo. Também é recomendado repouso e ingestão de líquidos.

→ Febre Amarela

A febre amarela é uma doença grave causada por um vírus e transmitida por mosquitos. Em áreas florestais, o principal transmissor é o mosquito do gênero Haemagogus; na área urbana, o principal vetor é o Aedes aegypti. Vale destacar que a febre amarela urbana foi erradicada em 1942, entretanto, a forma silvestre ainda ocorre em nosso país. Diante dessa erradicação, a doença é pouco lembrada quando falamos das doenças transmitidas pelo A. aegypti.

A febre amarela provoca no paciente febre alta, cansaço, dores pelo corpo e de cabeça, náusea, vômitos e calafrios. Em casos mais graves da doença, o paciente pode desenvolver problemas no figado e no rim, hemorragias e icterícia (pele e olhos amarelados). A forma grave pode causar a morte.

A febre amarela também é uma doença que não possui tratamento. A recomendação é de repouso e ingestão de líquidos. Em casos graves, pode ser necessária a internação em UTI e reposição da perda sanguínea causada pela hemorragia.

 

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