Os atos aconteceram em Pirenópolis, em cidades de todo Brasil. Algumas escolas e universidades suspenderam as aulas.
Estudantes e educadores da UEG-Pirenópolis fizeram uma passeata de protesto contra a redução dos recursos às universidade brasileiras, anunciada pelo Ministério da Educação (MEC).
A manifestação foi feita na tarde de ontem(15), reuniu cerca de 100 pessoas, que saíram do campus UEG, percorreram a avenida Benjamin Constant e ocuparam o canteiro central em frente a prefeitura. Após o ato, seguiram para a Praça da Matriz e se dispersaram.
Os estudantes cantavam “A UEG é nossa” e seguravam dezenas de faixas e cartazes com frases em defesa da educação e contra o corte. O ato ocorreu simultaneamente em várias cidades de Goiás e do país. Houveram protestos desde o início do dia.
O coordenador do Curso de Gastronomia da UEG-Pirenópolis, Vanderlei Alcântara, disse que se houver essa redução de custos para às universidades, o campus de Pirenópolis corre o risco de se extinguir. Já estamos funcionando somente nos turnos vespertino e noturno para tentarmos economizar, mas se houver as demissões dos funcionários técnico-administrativos estamos condenados ao fechamento do Campus UEG” revelou o coordenador.
Ele conta que a UEG-Pirenópolis atualmente possui 9 professores temporários, 18 técnico-administrativos, 119 alunos de Gastronomia, 71 alunos de hotelaria, 50 alunos de Pedagogia e 50 alunos de pós-graduação.
No final da tarde, diante de toda mobilização nacional quando estudantes protestam em todos os estados, o presidente Jair Bolsonaro, em visita aos Estados Unidos, disse que os manifestantes são “idiotas úteis” , utilizados como “massa de manobra”.
Num balanço geral, ao menos 173 cidades nos 26 estados do país e no Distrito Federal registraram protestos de estudantes, professores e profissionais de educação contra a decisão do governo de bloquear verbas de instituições federais de ensino.
Bloqueio de recursos
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.
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