Mais uma vez o Eco Resort Quinta de Santa Bárbara é indiciado por crimes ambientais e obra é embargada

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Nascentes dentro do resort (fotos: divulgação – Polícia Civil)

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O Eco Resort Quinta de Santa Bárbara foi indiciado pela Polícia Civil por crimes ambientais durante as obras de​​ construção do empreendimento em Pirenópolis, na região central de Goiás. De acordo com as investigações, a área não é edificável e tem cinco nascentes. O advogado do grupo responsável pelo projeto diz que muitos pontos levantados não procedem. Em nota, a assessoria de imprensa do empreendimento disse estar "convicta da legalidade, idoneidade e benefícios do projeto" (veja íntegra abaixo).

A Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) fez uma fiscalização no local e concluiu que o empreendimento é de alto impacto ambiental. Com isso, foi feito no último dia 8 um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por impedir regeneração natural e promover construções em áreas não edificáveis. “É uma área de relevante valor ecológico. Tem cinco nascentes, lençol freático​​ raso, então não pode ser construído naquele ponto. Não somos contra a construção, mas é preciso fazer estudos mais detalhados e adequações”, pontou o delegado Luziano de Carvalho.

A área do resort tem uma área de 60 mil m². O delegado apontou que o empreendimento não tinha todas as licenças ambientais necessárias para a obra.

“Não questionamos a existência do projeto, mas sim a necessidade em se proteger a área. Porque essa obra pode afetar muito os moradores da região, até prédios históricos que são tombados nas imediações”, disse o delegado.

O advogado do resort, Diego Martins Silva do Amaral, disse que a visão da delegacia é “apenas uma das visões possíveis dentre todos os órgãos envolvidos. Muita coisa do que foi pontuado pela polícia é controverso e, documentalmente falando, muita coisa não procede”, afirmou.

O advogado, no entanto, informou que estava em reunião e não tinha como repassar mais informações no momento sobre o indiciamento feito pela Polícia Civil.

 

Nota da assessoria de imprensa do eco resort

 

"O Quinta Santa Bárbara Eco Resort reafirma que o terreno do empreendimento só possui uma nascente, de acordo com a documentação de seu licenciamento ambiental para instalação, aprovado pela Prefeitura de Pirenópolis. O estudo foi elaborado por empresa especializada conforme as diretrizes legais e seguindo as melhores técnicas de levantamento e avaliação ambiental. A única nascente apontada no estudo ambiental está devidamente protegida e está tendo a mata ciliar recuperada.​​ 

Embora ainda não tenha sido notificada formalmente acerca do inquérito da Delegacia Estadual de Repressão Contra o Meio Ambiente (Dema), em atenção à delegacia e aos demais órgãos que haviam vistoriado o empreendimento para averiguar a presença de outras nascentes, o Quinta Santa​​ Bárbara Eco Resort contratou uma perícia técnica especializada para averiguar uma segunda possível nascente no terreno, próximo onde será construído um dos blocos.

Essa possibilidade foi descartada pela perícia técnica. O laudo constatou que, na verdade, no local da suposta nascente existe uma ravina, que é uma alteração do solo, que expõe o lençol freático, induzindo à ideia de que se trata de nascente. As mudanças no solo foram provocadas por enxurrada originada em área alheia ao terreno do empreendimento.

O empreendimento realizou obras de drenagem na Rua Santa Bárbara para contribuir com o trabalho de combate à erosão que poderia repercutir no Córrego Pratinha. Esta obra também solucionou o antigo problema das enchentes que sofria a vizinhança do terreno​​ pela falta de galeria de águas pluviais. Mais de R$ 2 milhões foram investidos em obra de infraestrutura de captação das chuvas.

Esta obra também solucionou o antigo problema das enchentes que sofria a vizinhança do terreno pela falta de galeria de águas​​ pluviais. Mais de R$ 2 milhões foram investidos em obra de infraestrutura de captação das chuvas, na Rua Santa Bárbara.

A informação já foi apresentada para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Mesmo assim, seguindo o princípio da precaução, que rege a​​ legislação ambiental, foi firmado um acordo com o Ministério Público do Estado de Goiás, cujos termos preveem que não haverá obras nesse trecho específico nos próximos 12 meses, a fim de que seja realizada perícia judicial para sanar qualquer dúvida que ainda possa existir.

As obras do empreendimento continuam a acontecer dentro do cronograma previsto, uma vez que a empresa possui toda a documentação que comprova as aprovações legais e licenças ambientais e de construção do Quinta Santa Bárbara Eco Resort,​​ inclusive do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

A empresa sempre esteve e continua à disposição dos órgãos competentes para prestar todo e qualquer esclarecimento, pois está convicta da legalidade, idoneidade e benefícios do projeto sustentável para a cidade tanto em aspectos econômicos, sociais e ambientais."

Fica aqui um questionamento: até quando esse problema irá se estender e porque não se ouve a população, para saber se ela quer ou não um turismo de massa em Pirenópolis.​​ 

Fonte:​​ G1 GO e Polícia Civil​​ 

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