Drogaria do Marcelinho informa que a SES investiga surto de Doença Diarreica Aguda em municípios goianos. Entenda o que é a doença tratamento e prevenção

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A Drogaria do Marcelinho informa que Goiás registrou 2.363 casos de doença diarreica aguda(DDA), levando a secretaria de Estado da Saúde de Goiás(SES-GO) investigar, acompanhar e realizar ações de controle ao surto de doença diarreica aguda (DDA) em cidades goianas. A ação, divulgada pela pasta ontem, quarta-feira (7), ocorre em parceria com a Saneago, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e municípios.

Segundo a SES, o município com maior número de casos é Campos Belos: foram 1.130 registrados de junho até agosto. Além da cidade, os registros também começaram em Cavalcante e Monte Alegre. Outros municípios com surtos ativos são: Pirenópolis, Minaçu, São Miguel do Araguaia, Nova Crixás, Aruanã, Britânia, Diorama, Palmeiras de Goiás, Cachoeira Alta e Goiatuba. Em Pirenópolis, vários relatos de pacientes contaminados estão sendo divulgados, mas a Secretaria Municipal de Saúde, não divulgou os dados.

Ao todo, são 2.363 nos 12 municípios. A SES acredita que o número possa aumentar entre agosto e setembro, mas já mobiliza equipes para investigar possíveis agentes causadores da doença, monitorar a situação e implementar medidas de controle.

Conforme a pasta, a presença da bactéria Escherichia coli foi confirmada em amostras de água, o que sugere que essa possa ser uma das causas do aumento de casos. Outras hipóteses, todavia, são investigadas, como, por exemplo, o rotavírus.

Entre as ações, o governo do Estado tem atuado no fechamento de poços irregulares em terrenos particulares e notificado os proprietários para regularização. Apenas em Campos Belos, cinco foram fechados. Outras fontes de água, como rios próximos e fontes de contaminação desses poços, como lixões e empresas que utilizam produtos químicos, são verificadas.

Prevenção da DDA

  • Para prevenir a DDA, é fundamental adotar algumas medidas simples, como:
  • Lavar as mãos com frequência, principalmente antes das refeições e após usar o banheiro;
  • Consumir água tratada e alimentos bem cozidos;
  • Manter os alimentos em locais adequados e protegidos de insetos;
  • Buscar atendimento médico em caso de sintomas como diarreia, vômitos, febre e dor abdominal.

A DDA é uma doença que pode ser prevenida e controlada com medidas simples de higiene e saneamento básico. A colaboração entre a população e as autoridades de saúde é fundamental para garantir a saúde de todos.

Quais são os fatores de risco para doenças diarreicas agudas?

Qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e gênero, pode manifestar sinais e sintomas das doenças diarreicas agudas após a contaminação. No entanto, alguns comportamentos podem colocar as pessoas em risco e facilitar a contaminação como:

  • Ingestão de água sem tratamento adequado;
  • Consumo de alimentos sem conhecimento da procedência, do preparo e armazenamento;
  • Consumo de leite in natura (sem ferver ou pasteurizar) e derivados;
  • Consumo de produtos cárneos e pescados e mariscos crus ou malcozidos;
  • Consumo de frutas e hortaliças sem higienização adequada;
  • Viagem a locais em que as condições de saneamento e de higiene sejam precárias;
  • Falta de higiene pessoal.

Atenção: Crianças e idosos com DDA correm risco de desidratação grave. Nestes casos, a procura ao serviço de saúde deve ser realizada em caráter de urgência.

Sinais e sintomas

Ocorrência de no mínimo três episódios de diarreia aguda no período de 24hrs (diminuição da consistência das fezes – fezes líquidas ou amolecidas – e aumento do número de evacuações) podendo ser acompanhados de:

  • Cólicas abdominais;
  • Dor abdominal;
  • Febre;
  • Sangue ou muco nas fezes;
  • Náusea;
  • Vômitos.

Complicações

A principal complicação é a desidratação, que se não for corrigida rápida e adequadamente, em grande parte dos casos, especialmente em crianças e idosos, pode causar complicações mais graves. O paciente com diarreia deve estar atento e voltar imediatamente ao serviço de saúde se não melhorar ou se apresentar qualquer um dos sinais e sintomas:

  • Piora da diarreia;
  • Vômitos repetidos;
  • Muita sede;
  • Recusa de alimentos;
  • Sangue nas fezes;
  • Diminuição da urina.

Tratamento

O tratamento das doenças diarreicas agudas se fundamenta na prevenção e na rápida correção da desidratação por meio da ingestão de líquidos e solução de sais de reidratação oral (SRO) ou fluidos endovenosos, dependendo do estado de hidratação e da gravidade do caso. Por isso, apenas após a avaliação clínica do paciente, o tratamento adequado deve ser estabelecido, conforme os planos A, B e C descritos abaixo. Para indicar o tratamento é imprescindível a avaliação clínica do paciente e do seu estado de hidratação.

A abordagem clínica constitui a coleta de dados importantes na anamnese, como: início dos sinais e sintomas, número de evacuações, presença de muco ou sangue nas fezes, febre, náuseas e vômitos; presença de doenças crônicas; verificação se há parentes ou conhecidos que também adoeceram com os mesmos sinais/sintomas. O exame físico, com enfoque na avaliação do estado de hidratação, é importante para avaliar a presença de desidratação e a instituição do tratamento adequado, além disso, o paciente deve ser pesado, sempre que possível. Se não houver dificuldade de deglutição e o paciente estiver consciente, a alimentação habitual deve ser mantida e deve-se aumentar a ingestão de líquidos, especialmente de água.

Observação: O Tratamento com antibiótico deve ser reservado apenas para os casos de DDA com sangue ou muco nas fezes (disenteria) e comprometimento do estado geral ou em caso de cólera com desidratação grave, sempre com acompanhamento médico.

Plano A

Consiste em cinco etapas direcionadas ao paciente hidratado para realizar no domicílio:

  • Aumento da ingestão de água e outros líquidos incluindo solução de SRO principalmente após cada episódio de diarreia, pois dessa forma evita-se a desidratação;
  • Manutenção da alimentação habitual; continuidade do aleitamento materno;
  • Retorno do paciente ao serviço, caso não melhore em 2 dias ou apresente piora da diarreia, vômitos repetidos, muita sede, recusa de alimentos, sangue nas fezes ou diminuição da diurese;
  • Orientação do paciente/responsável/acompanhante para reconhecer os sinais de desidratação; preparar adequadamente e administrar a solução de SRO e praticar ações de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos);
  • Administração de Zinco uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias.

Plano B

Consiste em três etapas direcionadas ao paciente com desidratação, porém sem gravidade, com capacidade de ingerir líquidos, que deve ser tratado com SRO na Unidade de Saúde, onde deve permanecer até a reidratação completa.

  • Ingestão de solução de SRO, inicialmente em pequenos volumes e aumento da oferta e da frequência aos poucos. A quantidade a ser ingerida dependerá da sede do paciente, mas deve ser administrada continuamente até que desapareçam os sinais da desidratação;
  • Reavaliação do paciente constantemente, pois o Plano B termina quando desaparecem os sinais de desidratação, a partir de quando se deve adotar ou retornar ao Plano A;
  • Orientação do paciente/responsável/acompanhante para reconhecer os sinais de desidratação; preparar adequadamente e administrar a solução de SRO e praticar ações de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos).

Plano C

Consiste em duas fases de reidratação endovenosa destinada ao paciente com desidratação grave. Nessa situação o paciente deverá ser transferido o mais rapidamente possível. Os primeiros cuidados na unidade de saúde são importantíssimos e já devem ser efetuados à medida que o paciente seja encaminhado ao serviço hospitalar de saúde.

  • Realizar reidratação endovenosa no serviço saúde (fases rápida e de manutenção);
  • O paciente deve ser reavaliado após duas horas, se persistirem os sinais de choque, repetir a prescrição; caso contrário, iniciar balanço hídrico com as mesmas soluções preconizadas;
  • Administrar por via oral a solução de SRO em doses pequenas e frequentes, tão logo o paciente aceite. Isso acelera a sua recuperação e reduz drasticamente o risco de complicações;
  • Suspender a hidratação endovenosa quando o paciente estiver hidratado, com boa tolerância à solução de SRO e sem vômitos.

Fonte: https://goias.gov.br/saude

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