Pouco após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o Governo de Goiás optou por decretar situação de emergência zoossanitária no estado. A determinação visa prevenir a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). O decreto foi publicado oficialmente no sábado (17) através da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). De acordo com o governo estadual, ações de vigilância e prevenção serão reforçadas diante de um possível cenário de contaminação nacional da doença.
Ainda segundo o governo de Goiás, não há casos confirmados da gripe aviária em granjas comerciais ou de consumo próprio no estado até o momento.
Com os novos relatos da gripe aviária, o Mapa também prorrogou a situação de emergência zoossanitária nacional, que havia sido declarada em 2023 e prorrogada até outubro de 2024, em mais 180 dias no início de abril.
Seguindo a portaria nacional, o decreto em Goiás também terá validade de 180 dias e permite que o estado coopere com iniciativas privadas, ampliando o controle da doença, algo necessário, segundo José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa.
“Essa é uma medida estratégica e necessária. Goiás tem um papel relevante na avicultura nacional e precisamos proteger nossos plantéis e nossa economia com ações rápidas e coordenadas”, destacou.
Ainda de acordo com Caixeta, é essencial manter o estado, que atualmente ocupa a 4ª posição no ranking nacional de produção de aves, com o setor empregando mais de 240 mil pessoas em Goiás, livre da doença.