A Superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, divulgou o laudo necessário para a vacinação do grupo de pessoas com comorbidades em Goiás. O documento deve ser preenchido pelos médicos e especificar o critério para receber o imunizante.
O documento deve ser usado em todas as cidades de Goiás, mas cada uma vai definir quando começará a vacinar pessoas com comorbidades.
De acordo com o secretário de saúde da capital, Durval Pedroso, a população pode utilizar receitas médicas em que os medicamentos prescritos identifiquem a comorbidade, no entanto, a preferência é para a declaração disponível nos sites da SES-GO e da SMS.“A recomendação é usar o formulário impresso, carimbado e assinado. A receita médica a equipe precisa interpretar e pode existir dificuldade”, ressalta o titular da pasta.
No documento, são listadas todas as condições que são incluídas no grupo prioritário, o médico deve preencher os dados pessoais do paciente, assinalar com um ‘x’ a comorbidade, colocar a data, assinar e carimbar, com nome e número de registro no Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). O documento também pode ser utilizado em versões eletrônicas, desde que cumpra todos os requisitos anteriores e tenha assinatura digital.
O Cremego informou em nota que desde janeiro orienta os médicos goianos sobre a vacinação deste grupo. O órgão completa que em breve será divulgada uma orientação mais detalhada sobre o preenchimento do atestado. O documento tem validade de 12 meses e deverá ser entregue pelo paciente na hora da vacinação.
Veja quais comorbidades são consideradas:
- Diabetes Mellitus – Qualquer indivíduo com diabetes.
- Pneumopatias crônicas graves – Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática).
- Hipertensão arterial resistente (HAR) – Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada em uso de quatro ou mais fármacos antihipertensivos.
- Hipertensão arterial estágio 3 – PA sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade.
- Hipertensão arterial estágios 1 E 2 com lesão em órgão – Alvo E/Ou Comorbidade – PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade.
- Insuficiência Cardíaca (Ic) – IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association.
- Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar – Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária.
- Cardiopatia hipertensiva – Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo).
- Síndromes coronarianas – Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras).
- Valvopatias – Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras).
- Miocardiopatias e pericardiopatias – Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática.
- Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas – Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos.
- Arritmias cardíacas – Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras).
- Cardiopatias congênita no adulto – Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico.
- Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados – Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência).
- Doença cerebrovascular – Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular.
- Doença renal crônica – Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.
- Imunossuprimidos – Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas.
- Hemoglobinopatias graves – Doença falciforme e talassemia maior.
- Obesidade Mórbida – Índice de massa corpórea (IMC) ≥ 40 kg/m 2.
- Síndrome de Down – Trissomia do cromossomo 21.
- Cirrose hepática – Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C. Fonte G1GO
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