Produtores rurais têm prejuízos com falta de eletricidade. “Ninguém aguenta”, desabafou um produtor de leite

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Os casos de reclamação contra a Enel pelos prolongados períodos sem energia, especialmente na zona rural, estão cada vez mais constantes. Mesmo com o aumento do volume de chuvas, vários produtores rurais e empresários que têm seus empreendimentos longe das cidades, vêm acumulando prejuízos pela falta de eletricidade. “Há produtores que chegam a ficar entre quatro e cinco dias sem energia elétrica. As causas são variadas e vão desde a rede, que não suporta a carga de energia, até a própria manutenção da mesma com galhos, que prejudicam e fazem a energia cair constantemente”, disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Pirenópolis (STRAAF), Fernanda Pina Pereira, complementando que a malha da rede elétrica, muitas vezes sucateada e a falta de investimentos estruturais são as principais causas destes problemas. “Faltam investimentos e pessoal para dar apoio aos produtores rurais”.

Sergio Nunes é proprietário rural relatou que em todos os dias de chuva, ficou sem energia. Não bastasse as quedas, foram vários dias até o restabelecimento do serviços. “Quando chove aqui, a energia vai embora. Neste mês, todas as chuvas que caíram nos deixaram sem eletricidade. Já ficamos quatro, cinco dias sem energia. Estou sem saber o que faço” disse. O negócio tem sido mantido com um gerador. “Pago todas as contas em dia. Até quando vai isso conosco da zona rural?”, questiona.

Os produtores de leite sofrem bastante também. Guilherme perdeu vários dias da produção pela falta de eletricidade. Ele tem um gerador pequeno, que mal consegue tocar a ordenha e não é suficiente para ligar os tanques. Embora o desperdício seja constante, Guilherme ainda prefere manter a ordenha para não correr riscos com morte do gado. “Se eu deixar o gado sem ordenhar, vou perder, além do leite, minhas vacas. E são elas que me dão minha renda todos os dias. Como faria para pagar as contas no fim do mês?”, pondera.

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Conforme explica, o produtor fez muitos investimentos no último ano, mas as quedas de energia têm lhe causado prejuízos imensos nos últimos meses. “Como o produtor tira leite? Um dia toma prejuízo de R$ 2 mil. Ninguém aguenta. Fiz um grande investimento, com curral, sala de ordenha. Só de um tempo para cá, aumentei a produção em 1 mil litros de leite. Pago a Enel e como acontece uma coisa dessas?”, reclama.

Guilherme conta que a Enel, quando contatada, promete restabelecer o serviço, mas muitas vezes a energia não retorna. “Quando a gente liga na Enel, dizem que uma equipe está em andamento, chega em das ou três horas. Mas não resolvem”, conta.

A indignação é grande, já o Estado de Goiás tem as bases econômicas fincadas no setor agropecuário. Resolver os problemas de infraestrutura e logística do setor é sinônimo de desenvolvimento não só para os produtores, mas para os municípios e para o Estado como um todo. “Essa falta de energia elétrica é inadmissível. A energia é insumo básico para a produção agropecuária. Sem ela, todo o trabalho, fica perdido. O problema não se restringe somente dentro da porteira. Os prejuízos se estendem”, desabafou Fernanda.

 

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