Agricultura familiar é maioria dos estabelecimentos rurais goianos

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Pequenos produtores são os maiores responsáveis por colocar comida na mesa dos brasileiros. Segundo dados da pesquisa Agricultura Familiar em Goiás, do Instituto Mauro Borges (IMB), no Estado, a agricultura familiar representa 62,9% dos estabelecimentos rurais goianos. Em família, pequenos produtores rurais conseguem se sustentar, gerar renda e empregos nas proximidades das regiões que estão localizados. Além disso, abastecem as unidades escolares com alimentos, frutas e verduras.

Entre estes pequenos produtores inseridos na agricultura familiar está Leonel Adão, que atua na área de hortaliças. São plantados alimentos como alface, cheiro verde, agrião e brócolis. Atualmente, trabalha ele e a família, além de três outros funcionários que também auxiliam na rotina de plantação, colheita e entregas aos clientes.

A rota de entrega começa a partir das 5 da manhã. A família também realiza feiras durante a semana para venda de produtos. “Estamos fazendo algo que é de extrema importância. Nós produzimos alimentos sem o uso de agrotóxicos, que são tratados com carinho para serem distribuídos com segurança para a população”, explica.

Fechamento das escolas prejudicou vendas

Com a pandemia da Covid-19, o negócio de Leonel foi bastante afetado. Isto porque grande parte das vendas eram destinadas para as unidades escolares, que permaneceram por um período fechadas. “Além disso, algumas feiras também pararam por causa do decreto”, aponta. A partir daí, a agricultura familiar começou a trabalhar com o sistema de delivery.

Leonel começou no ramo por influência de seu pai, que sempre trabalhou em fazendas. Depois de pedir demissão de um emprego, ele se dedicou e lutou para se manter no mercado e hoje consegue se sustentar, além de gerar renda e empregos.

A família da agricultora Carmelucia Helena Costa, também já se sustenta somente com os ganhos da agricultura familiar. Diversos alimentos são plantados para abastecer a região e escolas por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Também há uma loja de produtos produzidos com venda de polpas de frutas.

“As verduras sempre colhemos na segunda e na terça-feira para abastecer as escolas. Já as polpas são feitas com frutas plantadas e também compradas de outros agricultores da região”, explica. Carmelucia começou há mais de 10 anos no ramo da agricultura. “Naquela época vendia bastante e foi uma benção. Hoje, todos meus filhos vivem da agricultura familiar”.

Segurança alimentar 

Responsável pela maior parte do alimento que chega à mesa dos brasileiros, a agricultura familiar é bastante importante ao garantir a segurança alimentar para diversas pessoas. “Também tem grande importância econômica, sendo fundamental para o desenvolvimento rural de Goiás. Com a Semana da Agricultura Familiar, não serão beneficiados apenas os segmentos abrangidos pelas cadeias produtivas da agricultura familiar”, destaca o presidente da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Pedro Leonardo Rezende.

Para o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Tiago Mendonça, os agricultores são pessoas que têm amor à terra, que cuidam da terra e dos animais, protegem as nascentes e produzem alimentos de uma forma mais harmônica com a natureza. “Muitos dos alimentos que compramos nas feiras e supermercados são produzidos por agricultores familiares. A agricultura familiar, portanto, gera renda e emprego no campo, promove a segurança alimentar e ainda contribui para o desenvolvimento sustentável”, avalia.

Produção 

Sobre o perfil da produção dos agricultores familiares goianos, em específico, quanto à infraestrutura produtiva e ao estoque de capital, nota-se que, em Goiás, a situação dos pequenos agricultores é diferente do cenário da região nordeste, no que se refere à precariedade do acesso aos meios produtivos.

De acordo com a pesquisa, o estado de Goiás é privilegiado pelas questões climáticas, metade do ano é um período em que as chuvas são presentes, mesmo assim, há uma proporção considerável de reservatórios hídricos, sendo que 39,4% das propriedades possuem poços profundos e 35,7% poços convencionais.

A produção de Alface é maior em Goiânia, isso por ser um grande centro consumidor e também por a folhagem ser produto que deve ter distribuição diária. Com relação à produção de Couve a maior concentração está em Rio Verde, Pepino no município de Leopoldo de Bulhões e Pimenta em Catalão.

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