Um dos assuntos mais comentados entre a população local são os time-shares, time-sharing, propriedades de férias, vacations clubs ou tempos compartilhados que vem sendo construídos a toque de caixa em diversas localidades em Pirenópolis. Como se não bastasse a indignação gerada e questionada pela maioria, sobre os diversos impactos ambientais e sociais que já estão sendo ocasionados por essas mega construções irregulares a avassaladoras, a população local e visitantes ainda sofrem com as abordagens excessivamente agressivas dos vendedores, que utilizam de métodos apelativos, ferindo a honra e a dignidade, pois configuram verdadeiras coações aos pedestres e veículos que trafegam nas principais ruas e pontos turísticos do município.
Através da Portaria 001 – 2022, publicada na última sexta-feira, 04 de fevereiro e assinada pelo Secretário de Meio Ambiente e Urbanismo / Postura, César Feliciano Triers, está proibido a abordagem abrupta de transeuntes e veículos pelos representante dos grandes empreendimentos imobiliários. Na justificativa, o órgão considera que é dever da administração municipal organizar, normatizar e fiscalizar qualquer atividade comercial nas ruas e logradouros público e esse tipo de abordagem afronta o Código de Posturas, por isso, a prefeitura irá notifica todo empreendimento que promove o comércio de abordagem, para que finalizem imediatamente suas atividades nas ruas, sob pena de multas. “Será recolhido estes artefatos, será lavrado um auto de infração com identificação da pessoa e do empreendimento, com aplicação multas que aumentarão a cada flagrante de descumprimento e tomaremos também, medidas judiciais”, consta no documento.
Estas abordagens da população local e turistas, são em locais públicos com gritaria, os vendedores se vestem de roupas de super-heróis, alienígenas, e ou segurando uma metralhadora e outras armas de brinquedo. “Os vendedores de time share para fisgar o cliente e convencê-lo mais facilmente a celebrar o contrato utilizam de simulações absurdas, induz a adquirir algo através de uma estratégia comercial enganosa, agressiva e abusiva”, disse um empresário que não quis se identificar.
Em geral, essas abordagens ocorrem em momentos de lazer, nos quais o comprador está envolvido emocionalmente pelo deslumbramento da viagem. É uma conduta comercial agressiva por parte dos vendedores, o consumidor é levado à compra sem que seja oferecido tempo para pensar melhor.
Essa abordagem direta está sendo muito criticada, por comerciantes e visitantes de outros destinos turísticos também, que possuem negócios de timeshares ou multipropriedades. Acusam a captação de afugentar turistas, destruir o destino turístico, incomodar os visitantes. ‘’Esses captadores ficam à espreita, como hienas, esperando os visitantes, prontos para avançar, como se fossem suas presas’’, comparou um empresário e continuou dizendo que, “é uma situação absurda, um imenso constrangimento. Esta utilização de técnicas agressivas de venda e marketing, submetem o consumidor a uma situação de pressão psicológica. A adoção desse tipo de tática tem, por finalidade, a celebração imediata do contrato, sem que o consumidor tenha a oportunidade de formar seu consentimento de maneira livre e racional, é uma abordagem dissimulada de vendas de um empreendimento que nem mesmo está funcionando”, finalizou.
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